Segundo
O Globo, as medidas cautelares foram pedidas na investigação sobre lavagem de
dinheiro e peculato (desvio de dinheiro público) no âmbito do antigo gabinete
do senador quando era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio. São
alvo das medidas cautelares os endereços de Fabrício Queiroz, ex-chefe da
segurança de Flávio, seus familiares e ainda parentes de Ana Cristina Siqueira
Valle, ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro.
A
operação se dá no âmbito da investigação que apura suposto esquema de lavagem
de dinheiro e peculato no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio
(Alerj) quando ele era deputado estadual. Além de Queiroz, são alvos da
operação familiares do ex-assessor e de Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher
do presidente Jair Bolsonaro.
Em
Resende, são alvo os nove parentes de Ana Cristina Siqueira Valle que foram
lotados no gabinete de Flávio durante algum período entre 2003 e o ano passado
– tempo de seus quatro mandatos. José Procópio Valle, ex-sogro de Bolsonaro,
Andrea Siqueira Valle, ex-cunhada de Bolsonaro, além dos primos Francisco
Diniz, Daniela Gomes, Juliana Vargas e os tios Guilherme dos Santos Hudson, Ana
Maria Siqueira Hudson, Maria José de Siqueira e Silva e Marina Siqueira Diniz.
Em
junho, O GLOBO mostrou que o vendedor aposentado José Procópio Valle e Maria
José de Siqueira e Silva, pai e tia de Ana Cristina, jamais tiveram crachá
funcional da Alerj. Ele ficou lotado cinco anos e ela, nove.
Já
Andrea Siqueira Valle foi fisiculturista em Resende durante todo o tempo em que
constou como assessora e Francisco Diniz chegou a cursar faculdade integral de
Medicina Veterinária em Barra Mansa, também no Sul do estado, no mesmo período
em que foi nomeado assessor de Flávio na Alerj.
A
investigação foi instaurada em 31 julho do ano passado, meses depois que o
antigo Conselho de Controle de Atividades Financeiras enviou espontaneamente um
relatório ao MP com movimentação atípica de Queiroz num total de R$ 1,2 milhão
entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017.
O
caso ficou parado de julho até novembro aguardando decisão do Supremo Tribunal
Federal (STF) sobre a legalidade do compartilhamento de informações sigilosas
por órgãos como a Unidade de Inteligência Financeira (UIF, antigo Coaf) e a
Receita Federal com o Ministério Público e órgãos policiais sem autorização
judicial. O STF aprovou no mês passado a tese para o compartilhamento.
DEFATO.COM
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