A Receita
Federal informou neste sábado (7), que vai propor a revogação da resolução
publicada no Diário Oficial da União (DOU) de sexta-feira (6) que excluiu 17
ocupações do sistema de Microempreendedor Individual (MEI), a partir de 1º de
janeiro.
A
lista incluía professores particulares independentes, astrólogos e
esteticistas, além de três subclasses, voltadas ao desenvolvimento e
licenciamento de programas de computador. Também ocupações ligadas ao setor
cultural (DJs, VJs, humoristas ou contadores de histórias, instrutores de artes
cênicas, instrutores de arte e cultura, instrutores de música e proprietários
de bar).
A
medida foi muito criticada nas redes sociais. No Twitter, o presidente da
Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), avisou que o Congresso derrubaria a exclusão por
meio de um decreto legislativo. “Essa é uma decisão que não faz sentido. A
cultura é a alma da nossa democracia”, escreveu.
De acordo com a
Receita, a Secretaria-Executiva do Simples Nacional (SE-CGSN) vai encaminhar ao
Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN) a proposta de revogação da medidas.
Mas o órgão vai propor “ampla revisão” da relação das cerca de 500 atividades
que podem atuar como MEI. Segundo a Receita, a revisão será feita “considerando
dinamismo econômico que resulta no constante surgimento e transformação de
novas ocupações”.
A
exclusão das ocupações foi publicada na sexta-feira no DOU. O texto é assinado
por José Barroso Tostes Neto, secretário especial da Receita Federal. A mesma
resolução incluiu outras cinco categorias no MEI, como motorista de aplicativo,
serralheiro e quitandeiro.
O
MEI permite ao pequeno empresário com faturamento anual de até R$ 81 mil o pagamento
de valores menores para tributos como INSS, ICMS e ISS.
Patrik Camporez / Estadão Conteúdo
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