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quarta-feira, 13 de maio de 2015
De Zumbi herói à origem da feijoada: 7 mitos sobre a escravidão no Brasil
No dia 13 de maio de 1888, a promulgação da Lei Áurea fez com que o Brasil se tornasse o último da América Latina a abolir a escravatura. Exatamente 127 anos após o país tornar ilegal a prática, mitos e polêmicas sobre como foi o período ainda persistem. Até hoje, algumas histórias que estão nos livros de história, senso comum e imaginário popular geram controvérsias.
O UOL separou sete mitos refutados por pesquisadores. Na lista, há elementos que mostram Zumbi dos Palmares como uma figura diferente da descrita, por exemplo, no Livro de Heróis Nacionais. Louvado como defensor da dignidade e igualdade dos negros, ele é apresentado por alguns pesquisadores como escravocrata, truculento e centralizador.
A origem de elementos presentes na cultura brasileira também gera confusões. Enquanto o senso comum aponta a capoeira como uma dança trazida de africanos para o Brasil e a feijoada como um prato tipicamente brasileiro, a realidade aponta que a capoeira é brasileira e a feijoada foi criada por europeus.
O próprio fim da escravidão também gera controvérsias. Enquanto alguns livros, como o best-seller “O Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil”, de Leandro Narloch, apontam que os ingleses tinham motivos ideológicos para pressionar pelo fim da escravidão, pesquisadores levantam que o interesse era econômico e estava relacionado com o preço do açúcar exportado da América Latina para a Europa. Entre tantas controvérsias, confira nossa lista:
Mitos 1 e 2 – Zumbi defendia o fim da escravidão e o Quilombo era um espaço de liberdade
Considerado um dos grandes heróis antiabolicionistas da história do Brasil, Zumbi dos Palmares é apontado como escravocrata por pesquisadores. Descendente dos imbangalas, os “senhores da guerra” na África Centro-Ocidental, ele tinha os seus próprios servos. De acordo com Leandro Narloch, Zumbi mandava capturar escravos para trabalhos forçados no Quilombo dos Palmares. O autor aponta que Zumbi lutou mais pelos seus interesses do que por liberdade para negros.
Coautora do livro “Palmares, Ontem e Hoje”, a pesquisadora Aline Vieira de Carvalho diz que é possível que Zumbi tivesse escravos, mas faz uma ressalva que eram outros tempos. “No século 17, a escravidão não é condenada. O fato de essas interpretações serem polêmicas revela mais sobre os preconceitos da sociedade atual e da forma como nos representamos hoje do que sobre o quilombo”.
Mito 3 – Escravos estavam fadados a ser escravos
Outro mito aponta para a impossibilidade de escravos não terem possibilidade de ascender socialmente. Narloch aponta, em seu livro, que alguns tinham, inclusive, outros escravos e uma pequena fortuna. Como exemplo, ele cita o caso de Bárbara Gomes de Abreu e Lima, que revendia ouro, tinha propriedades e sete escravos. De acordo com o autor, ela “representava, certamente, um modelo que a ser seguido por outras escravas libertas”.
Mito 4 – A capoeira veio da África
O senso comum aponta que a capoeira foi trazida da África por escravos. Porém, a história mostra que a mistura de dança e luta foi desenvolvida no Brasil. Tanto que o nome capoeira não é de origem africana. A palavra vem, na realidade, do tupi kapu’era (mata que foi). Apesar de brasileira, a dança realmente tem influência africana. Ela é descendente de uma dança africana chamada de n’golo (dança da zebra),
Mito 5 – A feijoada é um prato brasileiro
O senso comum também aponta a feijoada como um prato brasileiro e que foi criado por escravos. Esse é mais um engano. Na realidade, o prato nasceu na Europa e acabou sendo adaptado no Brasil. O historiador Henrique Carneiro aponta que um dos pratos que deu origem à feijoada é o cassoulet francês (feito com feijão branco). Ele diz que até mesmo na Polônia existe uma feijoada polonesa chamada tsholem. No Brasil, ela foi prato da elite na época da escravidão.
Mito 6 – Princesa Isabel é uma heroína e libertou escravos
Se Zumbi dos Palmares não é um heroi, a Princesa Isabel também não pode ser considerada. Apesar de ter dado o “canetaço” que aboliu a escravatura no Brasil, ela nada mais fez do que acatar pressões vindas da Inglaterra (nação mais poderosa da época). A preocupação dos ingleses era com o baixo preço do açúcar, que caia com ajuda da mão de obra barata. A prova de que ela não fez “nada de mais” é que o Brasil foi o último país da América Latina a acabar com a escravatura.
Mito 7 – Lei Áurea acabou com a escravidão
Apesar de representar o fim de uma era, a Lei Áurea não resolveu o problema da escravidão. Apenas mudou a forma que era feita a atividade. “Livres”, os negros passaram a contrair dívidas praticamente impagáveis e ficavam o resto das vidas para pagar as dívidas. Até hoje, é possível encontrar trabalhos análogos à escravidão em alguns locais do Brasil também relacionados a dívidas. Ou seja, não foi a Lei Áurea que resolveu o problema.
Fonte: Uol
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