O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal
(STF), relator do inquérito da Lava Jato, atendeu ao pedido da
Procuradoria Geral da República (PGR) e determinou a quebra dos sigilos
bancário e fiscal do senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL). A
autorização é para analisar dados do período entre 1º de janeiro de 2011
e 1º de abril de 2014.
A decisão foi tomada na última quinta-feira (13), como
parte das investigações que correm em segredo de justiça. A autorização
de quebra de sigilo foi enviada na semana passada para o presidente do
Banco Central, Alexandre Tombini, e servirá para instruir o inquérito
aberto para investigar se Collor se beneficiou do esquema de propina
investigado na Petrobras.
Collor é suspeito de ter recebido cerca de R$ 3 milhões em
propina em uma negociação feita com a BR Distribuidora, empresa
subsidiária da estatal. Além de determinar a quebra de sigilo do
senador, o ministro do STF também decretou a abertura das contas de 12
empresas, entre elas o jornal “Gazeta de Alagoas” e a TV Gazeta de
Alagoas, pertencentes à família do senador.
As acusações contra o senador constam nas declarações do doleiro Alberto Youssef, que afirmou em depoimento que foram feitos vários depósitos para Collor a pedido de PP, dono da GPI Participações e Investimentos, empresa que mantinha negócios com o doleiro.
Fonte: IG