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terça-feira, 24 de março de 2015

Professora da UFMG está cotada para assumir o Ministério da Educação

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A saída brusca de Cid Gomes (PROS-CE) do comando do Ministério da Educação, após atritos e discussão com a base aliada do governo federal, pode abrir espaço para a mineira Nilma Gomes, professora da UFMG e que hoje ocupa o comando da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (Seppir). Isso porque ela, junto do ministro da Comunicação Ricardo Berzoini, é favorita para assumir a pasta deixada pelo ex-governador do Ceará.

De acordo com um integrante do PT, Berzoini conta com o apoio da maior tendência interna do partido, a “Construindo um Novo Brasil”, grupo que o ex-presidente Lula e o presidente nacional da sigla, Rui Falcão, fazem parte. Por outro lado, Nilma tem trâmite mais fácil nos movimentos educacional e negro, além de ter o apoio, de acordo com a fonte ouvida pela reportagem de O TEMPO, do ministro chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que chegou a ocupar o Ministério da Educação durante o primeiro mandato de Dilma Rousseff.

Perfil
Natural de Belo Horizonte (MG), Nilma Lino Gomes é a nova ministra de Estado Chefe da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República. Pedagoga, mestra em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), doutora em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo (USP) e pós-doutora em Sociologia pela Universidade de Coimbra, Nilma é docente do quadro da UFMG e pesquisadora das áreas de educação e diversidade étnico-racial, com ênfase especial na atuação do movimento negro brasileiro.

Ela foi a primeira mulher negra a chefiar uma universidade federal ao assumir o cargo de reitora pro tempore da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), cargo que ocupou desde abril de 2013. Além disso, Nilma Gomes integra o corpo docente da pós-graduação em educação Conhecimento e Inclusão Social – FAE/UFMG e do Mestrado Interdisciplinar em Sociobiodiversidade e Tecnologias Sustentáveis (UNILAB). Foi Coordenadora Geral do Programa de Ensino, Pesquisa e Extensão Ações Afirmativas na UFMG (2002 a 2013).

É membro da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Educação (ANPED), Associação Brasileira de Antropologia (ABA) e da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN), da qual foi presidente entre os anos 2004 e 2006. A ministra da SEPPIR também integrou a Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação (gestão 2010 – 2014), onde participou da comissão técnica nacional de diversidade para assuntos relacionados à educação dos afro-brasileiros.

 Fonte: O Tempo

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