O Tribunal de Contas do Estado (TCE-RN) divulgou nesta terça-feira (1º)
um levantamento no qual apontou que aproximadamente um terço das escolas da
rede pública de ensino do Rio Grande do Norte não se preparou para a retomada
das aulas durante a pandemia do novo coronavírus.
O estudo incluiu a rede estadual de ensino e de 12 municípios potiguares - Assú, Afonso Bezerra, Espírito Santo, Jandaíra, Lagoa Nova, Lajes Pintadas, Monte Alegre, Natal, Paraná, São José de Mipibu, Triunfo Potiguar e Vera Cruz.
O estudo incluiu a rede estadual de ensino e de 12 municípios potiguares - Assú, Afonso Bezerra, Espírito Santo, Jandaíra, Lagoa Nova, Lajes Pintadas, Monte Alegre, Natal, Paraná, São José de Mipibu, Triunfo Potiguar e Vera Cruz.
De acordo com o TCE,
31% dos gestores públicos relativos à amostragem afirmaram não ter iniciado
qualquer preparação para o retorno às aulas do período letivo de 2020.
A relatora do processo, conselheira Maria Adélia Sales, votou pela
expedição de uma série de recomendações aos gestores da rede pública, sendo acompanhada
por unanimidade pelos demais membros do Pleno, durante a sessão desta
terça-feira. Entre as recomendações estão a elaboração de protocolos para
quando houver o retorno às atividades presenciais, incluindo a realização de
avaliação diagnóstica dos alunos e a adoção de medidas sanitárias e de higiene;
a elaboração de planejamento para o cumprimento das 800 horas letivas
obrigatórias; e a elaboração de estratégias para oferecer aulas e conteúdos
pedagógicos, on-line e off-line, durante o período de suspensão das atividades
presenciais, a todos os alunos.
O levantamento também identificou que 85% das secretarias de educação
dizem ter ofertado aulas ou conteúdos pedagógicos durante a pandemia e que 69%
delas não realizaram atividades de capacitação para os professores. Foram
utilizadas ferramentas on-line e off-line para a oferta de conteúdo pedagógico.
"Aos estudantes que têm acesso à internet, são disponibilizadas aulas via
Google Classroom, aplicativo ou vídeos e arquivos no formato PDF e em redes
sociais, e para os que não têm acesso, a interação se faz por meio da entrega
de conteúdos impressos, apostilas e livros complementares", aponta o
estudo.
As adequações do espaço físico e adoção de medidas sanitárias são as
principais preocupações dos gestores. "Percebe-se nas redes que estão se
preparando para o retorno às aulas presenciais uma preocupação com o espaço
físico escolar, a adoção de medidas sanitárias e de higiene, a preparação de
planos estratégicos para diagnóstico da aprendizagem, combate ao abandono, à
evasão escolar e às defasagens, assim como cumprimento das 800 horas
letivas", detalha o levantamento.
Em nota, a Secretaria de Estado da Educação, da Cultura, do Esporte e do
Lazer informa que "nesta semana foram entregues para análise do comitê
científico da Saúde as diretrizes para a organização do retorno das atividades
presenciais nos sistemas estadual e municipais de ensino.
Com esse documento,
as redes farão seus protocolos de retomada. As escolas terão um referencial
para organizar seus espaços, seja aquelas que já tenham iniciado, ou não,
movimentos de adequações".
Diz ainda que "já vem realizando análises e discutindo com gestores
sobre diversos temas ligados ao retorno, como compras de equipamentos e novas
ambientações que as unidades de ensino terão de configurar" e
"reforça que em nenhuma unidade de ensino as aulas serão retomadas sem que
haja uma segurança sanitária para seus alunos, professores e demais
funcionários".
G1RN
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