Policiais civis da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) deram cumprimento, nesta quinta-feira (17), em desdobramentos da Operação “Romanos 12:19”, a mandados de prisão temporária em desfavor de três investigados pelo crime de homicídio que vitimou o jovem Giovani Gabriel de Souza Gomes. As diligências resultaram na prisão de três policiais militares e na renovação da prisão temporária de outro policial militar, que havia sido preso no dia 19 de agosto deste ano. Os quatro suspeitos são lotados no município de Goianinha.
A investigação revelou que após um roubo de um veículo pertencente ao irmão do
policial militar suspeito (sargento), ocorrido em Parnamirim, foram acionados
colegas para dar apoio ao seu irmão na recuperação do veículo, que possuía
rastreador. Diversos policiais foram contactados para atender a ocorrência,
deslocando-se até a região onde apontava o GPS. Ao longo das buscas, uma
guarnição da Polícia Militar (PM) chegou ao local onde o veículo estava,
presenciando o momento no qual os criminosos estavam retirando os pertences do
veículo.
Os suspeitos do roubo, ao visualizarem a viatura, fugiram pela região de mata.
Os policiais deram continuidade às buscas, ingressando na mata. No local,
alguns policiais militares abordaram o jovem “Gabriel” e se certificaram de sua
história. Após alguns momentos de detenção, eles liberaram o jovem. Ao sair da
região de mata, Giovani Gabriel foi visto por populares que passavam com seu
veículo pelo local e avisaram a uma outra viatura que também realizava as
buscas no local.
Nessa viatura, estavam os três cabos presos nesta quinta-feira (17), que haviam
sido acionados pelo sargento. Os militares então abordaram o jovem Gabriel, que
chegou a informar aos policiais que já havia sido liberado pela outra viatura;
mas, mesmo assim, o jovem foi colocado na mala do veículo, sendo este o último
momento em que foi visto com vida.
As investigações apontam que os três policiais executaram a vítima e se
deslocaram até o município de São José do Mipibu, onde deixaram o corpo, que
foi encontrado no dia 14 de junho, em uma região de mata na comunidade Pau
Brasil, a 30 km de Natal e a 20 km de Parnamirim.
De acordo com as investigações, os três cabos que estavam na viatura, desde o
momento que abordaram o jovem Gabriel, mantiveram um estreito processo de
comunicação com o sargento, irmão da vítima do crime de roubo em Parnamirim.
Tal comunicação indica o conhecimento dos fatos e participação ativa na prática
do crime de homicídio, pois, ainda de acordo com as investigações, o sargento
chegou a agradecer aos três cabos presos, em grupo de WhatsApp, todo o apoio
prestado.
Dois dos policiais estavam de serviço e foram presos após se apresentarem ao
Comando Geral e o terceiro suspeito foi preso em sua residência. Dessa forma,
foram identificados e presos todos os envolvidos no homicídio de Giovani
Gabriel. Com a prorrogação da cautelar, o Inquérito deve ser concluído no prazo
de 30 (trinta) dias, restando pendente apenas os laudos periciais e a análise
de dados para a finalização da investigação.
Sobre o caso
Giovani Gabriel foi visto pela última vez na manhã do dia 5 de junho deste ano,
quando saiu de casa no bairro Guarapes, em Natal, para ir de bicicleta à casa
da namorada em Parnamirim. Na semana seguinte ao desaparecimento, os policiais
civis chegaram a encontrar suas sandálias e a bicicleta em uma área de
vegetação em Parnamirim, próxima à casa da namorada. O corpo do jovem Gabriel
foi encontrado no dia 14 de junho, em uma região de mata na comunidade Pau
Brasil, em São José de Mipibu - a 30 km de Natal e a 20 km de Parnamirim. De
acordo com as investigações, o crime de homicídio provavelmente ocorreu logo
após o jovem Gabriel ser confundido com um suspeito da prática de um crime de
roubo de um veículo, no bairro de Emaús, no município de Parnamirim.
PC/ASSECOM
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