Comitê discute se mantém o processo de ajuste da política monetária, iniciado em abril, quando a taxa básica de juros (Selic) estava em 7,25% ao ano.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC)
inicia hoje (8) à tarde a penúltima reunião do ano para discutir se
mantém o processo de ajuste da política monetária, iniciado em abril,
quando a taxa básica de juros (Selic) estava em 7,25% ao ano – o nível
mais baixo desde que o colegiado de diretores do BC foi criado, em junho
de 1996.
Os registros inflacionários nos primeiros meses do ano
foram determinantes, porém, para que o Copom elevasse a Selic, já
naquele mês, para 7,5%. De lá para cá, foram mais três reuniões, com
aumentos de 0,5 ponto percentual cada uma, elevando a taxa para os
atuais 9%. De acordo com expectativas dos analistas financeiros,
manifestadas no boletim Focus divulgado ontem (7) pelo BC, o Copom deve ajustar a taxa em mais 0,5 ponto percentual, amanhã (9).
O
professor de economia da Universidade Mackenzie, Pedro Raffy Vartanian,
acha que além do reajuste para 9,5%, agora o ciclo de altas da taxa
Selic pode se prolongar por mais duas reuniões do Copom (dias 26 e 27 de
novembro e dias 7 e 8 de janeiro de 2014).
Segundo ele, a
projeção se justifica porque o impacto da taxa de câmbio na inflação
deve se intensificar nos preços de produtos importados, em novembro e
dezembro. Além disso, “o próprio fato de a atividade econômica se
mostrar relativamente mais aquecida do que o esperado, deve aumentar os
repasses de custos para os preços”.
As reuniões do Copom ocorrem
em intervalos de 45 dias, sempre em duas etapas, para fixar a taxa média
dos financiamentos diários dos títulos federais, depositados no Sistema
Especial de Liquidação e Custódia (Selic). Por extensão, a taxa básica
de juros é conhecida também como taxa Selic.
Na primeira parte da
reunião, às terças-feiras, os chefes de departamento do BC apresentam
análises da conjuntura doméstica sobre as variáveis macroeconômicas, com
foco na avaliação prospectiva das tendências de inflação. Na segunda
parte da reunião, às quartas-feiras, os diretores de Política Monetária e
de Política Econômica apresentam alternativas de taxa de juros de curto
prazo para deliberação dos demais diretores. Só o colegiado de
diretores tem
Agência Brasil
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