A crise financeira do Governo do Estado - com atraso nos salários
dos servidores públicos estaduais no mês de setembro – e ainda falta de
pagamento dos fornecedores do Rio Grande do Norte foi tema de entrevista
da governadora Rosalba Ciarlini (DEM) no Jornal 96 desta segunda-feira
(21).
A atual governadora comentou a situação financeira alegando queda no
Fundo de Participação dos Estados (FPE). “O mês passado tivemos uma
queda de receita e tivemos que reprogramar o pagamento da folha de
servidores e isso acontecerá até dezembro porque o Governo se programou
para uma receita e teremos redução de R$ 52 milhões este mês”, comenta.
O pagamento do funcionalismo público no Rio Grande do Norte é feito
nos últimos dois dias do mês. No mês passado, segundo a governadora
Rosalba o pagamento foi feito as categorias da Educação, Polícia, Saúde,
Detran, Caern, Idema, Uern de forma integral e que os demais servidores
com salários acima dos R$ 3 mil receberam no dia 10 de outubro.
Durante a entrevista, Rosalba lamentou a crise financeira e detalhou
as quedas financeiras do Estado que este mês sofrerá redução de R$ 52
milhões. “O FPE começou a cair no momento em que era para reagir
positivamente. Isso aconteceu em todo o Brasil e no Rio Grande do Norte
não é diferente. Imagine: você faz um orçamento, se programa para o ano
todo e descobre que vai ter essa redução? Muda tudo”, justifica.
A gestora estadual comentou ainda que o crescimento da receita é de
9% e o esperado era que fosse de 12 à 13%. “Só de ICMS estamos perdendo
R$ 6 milhões a cada mês com a redução da energia e a seca que afetou a
economia. Temos que fazer uma reprogramação de tudo. Sentar com toda a
equipe e fazer uma análise de onde mais podemos cortar: em combustível,
em diárias, em telefone”, comentou.
No mês de julho a governadora enfrentou uma crise entre os poderes
legislativo e judiciário após o anúncio do corte linear de 10% nos
poderes. “No executivo cortamos 20% e estamos revendo os contratos de
aluguel e de carros. Nós vamos ver o que realmente vamos ter e fazer uma
programação de pagamento. Até dezembro vamos ter que fazer um
calendário diferente”, comentou.
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