O diretório paulista do partido defende o apoio à reeleição de Geraldo Alckmin de olho em ocupar a vaga de vice na chapa tucana, mas recebeu de Campos a orientação para tirar o pé do acelerador e só retomar em 2014.
No Rio, o governador sondou o ator Marcos Palmeira para disputar o Palácio da Guanabara. Seu objetivo é lançar um nome competitivo, novo e identificado com Marina Silva, popular na capital fluminense. Palmeira ajudou a Rede na coleta de assinaturas e filiou-se ao PSB quando a ex-senadora anunciou a sua adesão ao partido de Campos.
A reportagem procurou o ator, mas não teve resposta até a conclusão desta edição.
Segundo a Folha apurou, Eduardo Campos quer ter mais clareza sobre o cenário eleitoral antes de tomar uma decisão em São Paulo. Internamente, o temor é que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) desista de disputar o Palácio do Planalto, dando lugar ao tucano José Serra.
Na avaliação do pernambucano, a mudança embolaria o acordo. Para ele, Serra dificilmente aceitaria qualquer acordo heterodoxo que dividisse a máquina partidária para ajudar um concorrente nacional. Lá atrás, quando Marina tentava erguer a Rede, Campos e Aécio chegaram discutir a conveniência de um pacto eleitoral em São Paulo.
"Conversa sempre houve, sempre vai haver. O processo decisório da questão dos arranjos políticos para palanque regional não vai ser dado até dezembro de maneira nenhuma", afirmou Campos na quinta-feira, em Recife.
A resposta deixou transparecer sua estratégia para São Paulo: "Onde já tem um caminho claro e consistente, nós estamos evoluindo. Onde há ainda dúvida de como fazer, vai esperar esse debate que nós estamos fazendo".
Defensor da chapa PSDB-PSB no Estado, o deputado Márcio França (PSB-SP), cotado para ser vice de Alckmin, ouviu de Campos que muito provavelmente precisará dele para coordenar a campanha ao Planalto.
Fonte: Folha.com
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