Os Praças e
Oficiais militares estaduais decidiram, na tarde desta terça-feira, 18, que se
até a quinta-feira, 20, o Governo do Estado não pagar os décimos terceiros
salários em atraso, ou ao menos sinalizar a data do pagamento, será retomada a
operação Segurança com Segurança. Ou seja, a partir da sexta-feira, 21, os
policiais e bombeiros militares apenas trabalharão com as condições de
equipamento e estrutura oferecidas pelo Estado – não colocarão em serviço
equipamentos pessoais.
A decisão foi unânime em Assembleia partilhada. Primeiramente, os
sargentos, subtenentes e oficiais se reuniram no Clube dos Oficiais e
encaminharam a deliberação, que teve decisão confirmada, posteriormente, junto
aos cabos e soldados no Clube Tiradentes.
Segundo o subtenente Eliabe Marques, presidente da Associação dos
Subtenentes e Sargentos Policiais e Bombeiros Militares do RN (ASSPMBMRN), os
diretores das entidades representativas da categoria protocolarão um documento
informando ao Governo do Estado sobre a decisão amanhã, quarta-feira, 19.
“A situação está insustentável. Está muito difícil para os policiais e
bombeiros militares trabalharem sabendo que nas suas casas pode estar faltando
itens básicos, como o alimento”, revela o presidente da ASSPMBMRN.
Eliabe acrescenta que no início de janeiro deste ano o mesmo movimento
teve fim com a assinatura do Termo de Compromisso e Acordo Extrajudicial. No
entanto, dos 25 itens acordados, apenas 3 foram cumpridos. “As condições de
trabalho estão agravadas desde então. Para se ter uma ideia, a última licitação
para fardamento foi em 2005. Os policiais que andam fardados na rua hoje
tiveram de comprar com o próprio dinheiro, sendo que é obrigação do Governo
conceder a farda”, explica.
Operação Segurança com Segurança
Sendo instalado o movimento, os policiais e bombeiros militares só
trabalharão se houver estrutura adequada para o serviço. Os militares se
apresentarão às unidades normalmente, mas somente sairão às ruas se não houver
falhas nos equipamentos.
Atraso de salários
No quesito financeiro, a categoria cobra o pagamento integral do décimo
terceiro salário de 2017 (até o momento recebeu apenas os que têm salário até
R$ 5 mil), o pagamento do 13° salário de 2018 (apenas os servidores públicos
com fundo próprio receberam) e previsão de pagamento do salário de dezembro,
que ainda está sem data certa para débito.
AGORA RN