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quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Celular pega fogo no bolso da calça e deixa homem com queimaduras na perna e mãos


Lopes Crespo, de 49 anos, sofreu queimaduras de segundo e terceiro graus na perna esquerda e nos dedos das mãos após seu telefone celular ter explodido e pegado fogo no início da tarde do sábado. Crespo estava com o aparelho, um Samsung modelo Galaxy A5 comprado em 2016, no bolso de sua calça jeans. O acidente ocorreu quando o roteirista estava no banco carona de seu carro, passando pelo Elevado do Joá, na Zona Oeste do Rio. A sua mulher dirigia o veículo.

— Escutei um barulho que chamou minha atenção e, quando olhei para a minha perna, vi que estava saindo uma fumaça preta. O celular estava no bolso, eu não estava usando nem carregando o aparelho. De repente, senti minha perna queimar e, no desespero, peguei o celular e acabei queimando as mãos. Joguei o telefone pela janela e, quando tirei a calça, ela estava com brasas, ou seja, estava claramente pegando fogo — relembra Crespo.

O roteirista foi levado por sua mulher para um hospital, onde recebeu atendimento. Ele teve alta médica na madrugada de domingo, mas precisou voltar à emergência no mesmo dia, com febre alta. No dia seguinte, foi ao hospital novamente para retirar as bolhas formadas pelas queimaduras. Agora, o roteirista faz curativos em casa duas vezes por dia.

— Eu e minha mulher estávamos no meio de um elevado, no carro. Poderíamos ter batido e até ferido outras pessoas. Minha mulher ficou sem saber o que fazer. A sensação era como se tivesse uma frigideira na perna. Foi desesperador — relembra.

O aparelho que estava sendo usado pelo roteirista tinha sido emprestado a ele por sua mãe, já que o seu vinha apresentando defeito. Ele estava com o celular há poucos dias e não havia notado nenhum problema em seu funcionamento. 

As feridas podem atrapalhar a vida profissional de Crespo. Freelancer, ele está com uma proposta para iniciar um trabalho este mês, mas não sabe se conseguirá fazer o serviço, uma vez que, além das queimaduras, tem sofrido com enjoos e mal-estar.

— Me senti personagem de fake news. A gente ouve essas histórias e acha que é historinha de WhatsApp. Não sei como vou lidar com celular a partir de agora. Estou assustado — afirma.
Após o acidente, o roteirista fez uma postagem em seu Facebook relatando o que havia acontecido com ele. “Não é uma figura de linguagem. Ontem, meu celular explodiu. Ainda sem acreditar no que aconteceu”, escreveu ele no início do texto. O relato acabou chegando à fabricante Samsung, que entrou em contato com o roteirista. Nessa terça-feira, representantes da empresa estiveram na casa de Carlos Henrique.

Procurada pelo EXTRA, a empresa de tecnologia informou que realizará uma análise completa para determinar a causa exata do ocorrido. “Gostaríamos de assegurar aos nossos consumidores que seguimos os mais rigorosos padrões de segurança e controle de qualidade para garantir a melhor experiência com nossos produtos e serviços”, informou a Samsung em nota.

 extra

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