PSD e PR são dois dos quatro partidos que "fecharam questão" em torno da PEC do tetos de gastos, que permitirá, ao longo de duas décadas, apenas a reposição da inflação do ano anterior nas contas do governo federal.
As outras duas siglas que fecharam questão para aprovar o texto foram o PMDB, de Temer, e o PSDB. Não houve registro de traições nas duas legendas governistas.
Quando um partido "fecha questão" em torno de uma matéria, o deputado da bancada que desobedece a orientação da legenda pode vir a ser punido pela sigla.
No PSD, o deputado Expedito Netto (RO) não seguiu a orientação partidária. Essa foi a primeira vez, nos cinco anos de história da legenda, que os dirigentes da sigla haviam fechado questão a favor de uma matéria em tramitação na Câmara.
Dos partidos que fecharam questão em torno da PEC do teto de gastos, o PR foi o recordista de defecções. Duas parlamentares da legenda não seguiram a orientação e votaram contra a proposta de Temer: Clarissa Garotinho (RJ) e Zenaide Maia (RN). Já o deputado Silas Freire (PI) se absteve da votação.
Considerada uma prioridade do Palácio do Planalto para tentar reequilibrar as contas públicas, a PEC 241 foi aprovada nesta segunda, em primeiro turno, com 366 votos a favor, 111 contra e 2 abstenções.
Para mudar a Constituição, a proposta de emenda ainda vai passar por um segundo turno de votação na Câmara dos Deputados, prevista para o dia 24 de outubro, segundo o relator da proposta, deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS). Além disso, serão necessários mais dois turnos de votação no Senado com pelo menos 49 votos favoráveis.
G1