A previsão da pasta é de que 2 milhões de testes cheguem aos postos de saúde até dezembro. As primeiras unidades chegam em novembro. O contrato diz que a distribuição deve ser concluída em 12 meses. O material será entregue “de acordo com a incidência da doença” registrada em cada localidade, em 2015.
O contrato do ministério com a Fundação Bahiafarma – um laboratório público – tem valor de R$ 119 milhões e deve abastecer a rede pública por um ano, na estimativa do Ministério. O desenvolvimento do teste foi resultado de uma parceria entre o governo da Bahia e uma empresa sul-coreana.
O primeiro teste rápido nacional para o vírus da zika foi lançado em maio, em Salvador. Segundo o diretor-presidente da Bahiafarma, Ronaldo Dias, o nível de confiança do teste é superior a 95%. A tendência inicial é de que o material esteja disponível apenas no SUS.
O exame detecta a doença em qualquer fase. Isso ocorreu porque o diagnóstico é feito por meio dos anticorpos desenvolvidos pelo corpo da pessoa infectada. O teste é diferente de outros que usavam a técnica “PCR”, que detecta apenas o vírus em si e demorava semanas para apresentar resultado.
Em fevereiro, a Anvisa aprovou um teste sorológico de uma empresa canadense para diagnosticar o vírus da zika no país.
Parceria
O teste rápido foi desenvolvido por meio de parceria entre a Bahiafarma e a empresa sul-coreana Genbody. A pesquisa durou dez meses. A Bahiafarma é um laboratório farmacêutico público, ligado ao governo do estado da Bahia, que busca desenvolver produtos, serviços e inovação tecnológica para a saúde pública.
Dados
O Brasil registrou 200.465 casos prováveis de zika até 17 de setembro, informou o Ministério da Saúde. Isso representa uma taxa de incidência de 98,1 casos por grupo de 100 mil habitantes. Em 2016 foram três mortes pela doença no país.
G1