Objetivo da reunião é "selar a paz" após críticas recentes do presidente da Fifa sobre atrasos das obras da Copa.
A presidente Dilma Roussef e o presidente da Fifa, Joseph
Blatter, se reunirão na próxima semana em Zurique, na Suíça, em meio a
um clima tenso por repetidos adiamentos do prazo de entrega dos estádios
da Copa do Mundo.
De acordo com o jornal Estado de São Paulo, a
reunião estaria marcada para a próxima quinta-feira, com objetivo de
"selar a paz" após críticas recentes do presidente da Fifa sobre atrasos
das obras da Copa.
"O Brasil acabou de se dar conta que começou
tarde demais. É o país com mais atrasos desde que estou na Fifa e foi o
que teve mais tempo, sete anos, para se preparar", criticou no início do
mês o dirigente, em declarações publicadas no último fim de semana no
jornal suíço 24 Horas.
Dilma rebateu logo em seguida, afirmando em
sua conta no Twitter que "a procura por ingressos para os jogos - a
maior em todas as Copas - mostra que torcedores do mundo inteiro confiam
no Brasil. Amamos o futebol e por isso recebemos esta Copa com orgulho e
faremos dela a #CopadasCopas".
Pouco depois, na mesma rede
social, Blatter voltou atrás ao postar: "concordo com @dilmabr sobre a
Copa. O mundo todo está esperando pela @CopadasCopas. O Brasil será um
ótimo anfitrião".
Em março de 2012, outra reunião foi marcada
entre os dois dirigentes, naquela ocasião em Brasília para selar a paz
após outra 'crise diplomática'.
Poucos dias antes, o
secretário-geral da Fifa, o francês Jerôme Valcke, tinha causado uma
enorme polêmica ao declarar que o Brasil "precisava de um chute no
traseiro" para acelerar os preparativos da Copa.
O Mundial será
disputado entre os dias 12 de junho e 13 de julho, em 12 cidades-sede. A
menos de seis meses do pontapé inicial da competição, apenas seis
desses 12 estádios foram entregues (aqueles usados na Copa das
Confederações, em junho do ano passado).
Os prazos foram ampliados
várias vezes, sendo que a data limite estipulada inicialmente era o dia
31 de dezembro do ano passado. Além disso, há atrasos na modernização
dos aeroportos e projetos de mobilidade urbana já foram abandonados.
AFP - Agence France-Presse
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