Em entrevista a Diógenes Dantas, Henrique Alves reafirmou candidatura do ex-ministro ao governo.
Henrique Alves convocou o encontro, que vai acontecer esta semana, para apresentar o nome do ex-ministro ao partido.
O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves
(PMDB), convoca executiva do Partido para iniciar a campanha de Fernando
Bezerra para as Eleições de 2014. O encontro vai acontecer esta semana,
entre os dias 30 e 31 de janeiro, vai depender da agenda do ministro da
Previdência Garibaldi Alves Filho e será na sede do Partido, no Tirol.
Durante o evento, o nome do ex-ministro e ex-senador Fernando Bezerra
será apresentado ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro. Em
entrevista ao jornalista Diógenes Dantas, o deputado federal destaca que
nem ele nem Garibaldi Alves Filho vão impor candidatura e que a decisão
será tomada pelo PMDB. “Vamos propor ao partido um diálogo, que se abra
uma primeira conversa pra começar a construir uma candidatura.
Mostraremos a qualificação do ex-ministro para essa postulação. Pela
qualificação e história, ele tem o perfil de um gestor que o estado
poderia ter”.
O presidente da Câmara dos Deputados ressaltou que sua prioridade no
projeto eleitoral é a reeleição para deputado federal. Henrique destaca
que diante da situação que a federação se encontra, “cada vez mais
capenga”, é importante manter o lugar que ocupa para garantir uma maior
interação entre o Governo do RN e Governo Federal.
DD: O que o senhor tem a dizer sobre a inauguração da Arena das Dunas pela presidente Dilma?
HA: Isso consolida um sonho que Natal viveu e comemorou quando
ganhamos a sede da Copa do Mundo aqui. Natal e Florianópolis disputaram
a última vaga para sede e Natal comemorou. O sonho se consolidou com a
inauguração do estádio mais barato, entre as 12 arenas da Copa.
Investimento de R$420 milhões. Todos ficaram encantados com a beleza da
Arena das Dunas. O estádio não é importante só para o futebol, mas para
eventos nacionais e internacionais e vai incentivar o turismo em Natal.
DD: E isso queimou a língua dos sudestinos...
HA: É verdade. Até porque Natal foi o último estádio a começar
a ser construído e ficou pronto em 2 anos e 5 meses. Quem tá ameaçado é
Curitiba.
DD: Ontem, muita gente acompanhou a inauguração da Arena das
Dunas e lembrava que é preciso que tenhamos o Hospital de Trauma,
viadutos da Maria Lacerda e do Gancho, obras de acesso ao aeroporto de
São Gonçalo. É momento de aproveitar, mas também de ir atrás dessas
obras...
HA: É lógico. Tem obras de mobilidade em torno do estádio. Uma
das mais bonitas quando realizada será a nova Roberto Freire. Tem Muito
legado em obra física de mobilidade. Será uma Copa passando para todo o
mundo que vai assistir.
DD: Nesse início de ano você ressaltou os compromissos de licitação de obras para o RN. O que está previsto?
HA: Está decidido o fim do inferno na Maria
Lacerda, Abel Cabral, toda extensão da BR 101 que vai até quase dentro
de Parnamirim. Serão 5 viadutos, 6 passarelas, uma área paralela lateral
que vai aumentar a utilização da pista, está prevista para início de
fevereiro o edital do viaduto duplo do Gancho de Igapó. A Reta Tabajara
já começa com as obras de duplicação. O DNIT espera no início do segundo
semestre começar a duplicação da BR-304.
DD: Este semana você teve um almoço na casa da ex-prefeita de
Mossoró Fafá Rosado e do deputado Leonardo Nogueira e em uma conversa
rápida com jornalistas chegou a admitir que seria candidato ao Governo.
Por que você disse isso?
HA: Quero deixar claro que já disse que não sou candidato a
governador. Minha prioridade é a reeleição a deputado federal e se
possível, dependendo da época, a reeleição a presidência da Câmara por
entender da importância dessa parceria governo do estado e governo
federal. Tenho a consciência que a federação capenga como está, quase
que destruída, é importante manter o lugar que ocupo para garantir uma
maior interação entre o Governo do RN e Governo Federal.
DD: Mas em Mossoró você chegou a dizer que seria candidato ao Governo dentro de uma forte coalização...
HA: Não. Não declarei nesses termos, mas as pessoas insistem
tanto que eu procuro ser habilidoso, explicando que não quero e às
vezes, nesse cuidado, dá essa interpretação. Mas eu quero afirmar que
eu vou pleitear a reeleição para deputado federal. E o candidato do PMDB
que por mim e por Garibaldi será apresentado ao partido, é Fernando
Bezerra, pela qualificação e história, ele tem o perfil de um gestor que
o estado poderia ter.
DD: Seu tio Agnelo Alves me dizia essa semana que alguma coisa
falta na história de Fernando Bezerra, pois apesar do apoio declarado
de Garibaldi e agora seu, Fernando Bezerra não tem apoio de prefeito,
vereador e deputado e que na visão dele, o nome que une o partido é ou o
de Garibaldi ou o seu e que você seria o candidato. O que você tem a
dizer?
HA:
Eu agradeço. É natural que meu nome seja lembrado, pois tenho 40 anos
de vida pública, presidente do partido, mas o nome de Fernando Bezerra é
que será levado ao PMDB e já estou convocando executiva do partido. O
encontro vai acontecer quinta (30) ou sexta-feira (31), vai depender da
agenda do ministro da Previdência Garibaldi Alves Filho e será na sede
do Partido, no Tirol. Vamos propor um diálogo que se abra uma primeira
conversa pra começar a construir uma candidatura. Não é impor, é
convencer. Em fevereiro, vamos reunir todos os prefeitos, vereadores e
lideranças do partido para uma conversa e que eles possam opinar sobre
as possíveis chapas. Já em março, serão realizados seis encontros
regionais, em dois finais de semana, com a presença de toda a bancada
regional para discutir a questão de candidatura própria e o nome que
será apresentado. O nome não será uma imposição nem ao PMDB nem a outros
partidos, a candidatura será construída de maneira consciente e madura.
Para a partir daí contactar com outros partidos.
DD: O ministro Garibaldi chegou a dizer que há peemedebistas
que querem aliança com Fátima Bezerra e há peemedebistas que querem
aliança com Wilma de Faria para o senado. Como fica o PMDB nesta
escolha.
HA: Eu diria quehá peemedebistas que querem uma aliança com PT
e há peemedebistas que querem aliança com PSB. Eu prefiro tratar de
partido para partido. Cada partido deve assumir a indicação do seu
candidato e tudo deve passar pelo convencimento, não existe imposição e
sim convencimento e diálogo. Vamos consultar o partido para saber que
aliança pretende fazer para senado e vice-governador. Levaremos os nomes
aos partidos aliados para que eles possam também decidir coletivamente.
DD: Eleitoralmente, quem mais agrega, o PSB ou PT?
HA: Vamos aguardar a posição que venha a ser externada pelo
PMDB. O que não haverá no PMDB é radicalismo e intolerância, vamos
conversar com todos. A decisão será coletiva, democrática e respeitosa.
DD: A candidatura presidencial do PSB, de Eduardo Campos, não atrapalha as conversas com o PSB aqui no Estado?
HA: As pessoas têm memória curta ou querem ter. Eu quero
lembrar que na eleição passada, enquanto eu apoiava Iberê, Garibaldi
Filho se aliou a governadora Rosalba e a José Agripino e mesmo assim ele
foi convidado pela presidente Dilma para ser ministro. A eleição
nacional é importante, mas não pode atropelar uma realidade estadual ou
municipal. Essa conversa teremos com cada liderança do PMDB. A decisão
será conjunta.
DD: Tem alguma definição sobre o rumo do PMDB nas eleições suplementares de Mossoró?
HA: O PMDB não vai discutir esse assunto por questão ética,
pois o partido está lutando para restituir o mandato do vice-prefeito
Wellington.
DD: Então é inverídica a informação que o senhor teria se acertado com o PSB nas eleições suplementares?
HA: Absolutamente inverídica.
DD: A presidente Dilma passou por Natal, viajou para Davos e
na volta pretende dá um ponto final na reforma ministerial. O PMDB anda
insatisfeito com a presidente. Como está a história de reforma
ministerial?
HA: Não estamos insatisfeitos com a presidente Dilma. É que
fomos para a campanha dela ocupando as pastas da Saúde, Integração
Nacional, Comunicação, pastas de muito mal qualidade, visibilidade e
ação administrativa e que rendesse na contrapartida uma boa imagem do
partido pelo que estava realizando. Para colaborar com os 14 partidos
que chegavam para vitória de Dilma, cedemos as Comunicações, perdemos o
Ministério da Saúde e chegou nova eleição e percebemos que pela força
que temos precisamos de mais qualidade e não quantidade. Ela tá
consciente disso e acho que chegaremos a um bom termo.
http://nominuto.com
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