No último pronunciamento nacional em cadeia de rádio e televisão do
ano, a presidenta Dilma Rousseff procurou passar para população uma
mensagem de otimismo para 2014. Em um balanço de 2013, Dilma frisou que
país termina o ano “melhor do que começou”, mesmo passando por crises
internas e externas.
Em um recado aos “críticos”, a presidenta disse que a “instalação da
desconfiança” é muito ruim para o Brasil e que uma “guerra psicológica”
pode inibir investimentos e retardar iniciativas.
Em pouco mais de 12 minutos, Dilma frisou que o Brasil tem motivos
para esperar um 2014 “ainda melhor do que foi 2013”. “Sinto alegria de
poder tranquilizar vocês dizendo-lhes que entrem em 2014 com a certeza
que o seu padrão de vida vai ser ainda melhor do que você tem hoje, sem
risco de desemprego, podendo pagar as prestações, em condições de abrir
sua empresa ou ampliar seu próprio negócio”, disse a presidenta.
Aos jovens, Dilma pediu que “usem a fotografia do presente e do
passado recente” para projetar um “futuro melhor”. Em relação à
economia, a presidenta frisou que seu governo teve “ação firme”, cortou
gastos e “garantiu” o equilíbrio fiscal, reduziu o preço da conta de luz
e dos impostos.
“Nesses últimos casos, enfrentando duras críticas daqueles que não
se preocupam com o bolso da população brasileira”, discursou em relação à
oposição. Ela acrescentou que o governo está “firme” na luta contra a
inflação na manutenção do equilíbrio das contas públicas. “Sabemos o que
é preciso para isso e nada nos fará sair desse rumo”, frisou Dilma.
A presidenta lembrou ainda do processo de concessões de portos,
aeroportos e rodovias que, segundo ela, estão “melhorando a
infraestrutura, iniciando a mais ampla, justa e moderna parceria de
todos os tempos com o setor privado”.
Dilma acrescentou que, em 2013, o governo viabilizou a exploração do
pré-sal, o que vai garantir “fabulosos recursos” para a educação e a
saúde. “Estamos fazendo um esforço redobrado nesta área [educação]. Além
de garantir mais vagas e mais qualidade em todos os níveis de ensino,
aumentamos o número de creches e escolas em tempo integral,
universidades e escolas técnicas”, disse.
A presidenta disse que o Programa Mais Médicos levou 6.658
profissionais para 2.177 cidades e, em 2014, serão mais 13 mil médicos e
45 milhões de brasileiros beneficiados. No ano marcado pelos protestos
de rua, a presidenta acentuou que o governo ampliou o diálogo com todos
os setores da sociedade. “Escutamos seus reclamos implantando pactos
para acelerar o cumprimento de nossos compromissos”, discursou.
Em recado direto a trabalhadores e empresários, ela se disse
disposta a ouvi-los “em tudo que for importante para o Brasil.” Dilma
frisou ainda que “apostar no Brasil é o caminho mais rápido para todos
saírem ganhando”. Sem citar ações, Dilma ressaltou que o seu governo tem
buscado apoiar “fortemente” as populações tradicionais, em especial os
grupos indígenas e quilombolas. “Não deixamos, em nenhum momento, de
lutar em favor de todos os brasileiros, em especial dos que mais
precisam”, disse.
Reforçando o tom otimista para o próximo ano, a presidenta disse que
o Brasil melhorou e pode melhor mais. “O Brasil será do tamanho que
quisermos, do tamanho que imaginemos. Se imaginarmos um país justo e
grande e lutarmos por isso, assim teremos”, prometeu Dilma.
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