Em comunicado oficial, a
Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou as mudanças que
pretende promover no calendário do futebol brasileiro a partir de 2014.
Algumas mudanças estão previstas para 2015 por conta da Copa do Mundo.
"O calendário de 2015, que foi com
as Federações Estaduais, os clubes e a parceira televisiva do futebol
brasileiro, traz avanços que não puderam ser introduzidos nos
calendários de 2013 e 2014 face à realização da Copa da Confederações e
da Copa do Mundo em nosso país. Este ano as competições nacionais foram
paralisadas durante 30 dias e em 2014 a parada será de 40 dias", diz o
comunicado.
A principal mudança que chega daqui
dois anos é no limite de jogos por clube no período de um mês, que será
reduzido para sete, com exceção das equipes que disputarem as fases
finais da Copa Libertadores e da Copa do Brasil.
Também em 2015, as férias dos
jogadores serão sempre de 30 dias por ano, com o calendário do futebol
brasileiro tendo início apenas no mês de fevereiro.
Uma mudança importante que vai
entrar em vigor já na temporada 2014 tem a ver com os Estaduais. Os
campeonatos regionais de todo o país vão ter quatro datas a menos a
partir do próximo ano. Confira a nota na íntegra:
"Tendo em vista as notícias que
vêm sendo veiculadas na imprensa dando a entender que a Confederação
Brasileira de Futebol tem se recusado a dialogar com um grupo de
jogadores de futebol que apresentou reivindicações de diversas
naturezas, a entidade maior do futebol brasileiro vem a público prestar
os esclarecimentos que se seguem.
Desde 2003, quando pela vez
primeira no futebol brasileiro foi aprovado um calendário permanente, a
CBF tem dialogado com todos os segmentos do futebol com vistas a
introduzir aperfeiçoamentos que atendam aos interesses de todas as
partes envolvidas.
A modificação do formato de
disputa da Copa do Brasil, a criação da Copa Verde e a reativação da
Copa do Nordeste são exemplos de melhorias introduzidas em nosso
calendário, que visaram a proporcionar maiores opções de entretenimento
para os torcedores e novas fontes de receita para os clubes.
A decisão tomada no início de
2013 de arcar com todos os custos de passagem, hospedagem, arbitragem e
exames de doping dos clubes que disputem as Séries C e D do Campeonato
Brasileiro de Futebol, que outrora eram pagos pelos clubes, teve por
objetivo permitir que tais agremiações se mantenham em atividade durante
toda a temporada.
O calendário de 2015, que foi
discutido e consensado com as Federações Estaduais, os clubes e a Globo,
parceira televisiva do futebol brasileiro, traz avanços que não puderam
ser introduzidos nos calendários de 2013 e 2014 face à realização da
Copa da Confederações e da Copa do Mundo em nosso país. Este ano as
competições nacionais foram paralisadas durante 30 dias e em 2014 a
parada será de 40 dias. Observe-se que os jogadores que não forem
convocados para integrar a Seleção Brasileira terão férias adicionais
durante a Copa do Mundo.
A partir de 2015 as férias dos
jogadores, que desde 2003 vêm sendo gozadas pelo período de 30 dias,
continuarão sendo de 30 dias. Não haverá jogos pelas competições
brasileiras de futebol nos meses de janeiro, permitindo assim que os
jogadores tenham um prazo adequado para se condicionarem fisicamente
antes do início da temporada. A cada período de 30 dias, salvo com
relação aos clubes que venham a disputar as quartas de final, as
semifinais e as finais da Copa do Brasil e da Copa Libertadores, os
jogadores de cada clube não deverão disputar mais do que sete jogos.
Para que essas medidas, salvo
com relação às férias, pudessem ser implementadas a CBF negociou, com os
clubes e as Federações Estaduais, uma redução de quatro datas nos
Campeonatos Estaduais já a partir de 2014.
O calendário de 2015 já estava
aprovado quando um grupo de jogadores manifestou interesse em conversar
com a CBF e clubes a respeito de reivindicações diversas. Este
calendário atende todos os pleitos apresentados que dependem de decisões
da CBF.
As questões pertinentes à
relação de emprego, tais como pagamento de salários e número máximo de
jogos por ano a serem disputados por cada atleta, devem ser discutidas
entre clubes e seus jogadores, não cabendo à CBF interferir.
A CBF, entretanto, sempre estará
à disposição para discutir as questões concernentes ao formato das
competições, regulamentos e modificações no calendário que sejam do
interesse dos clubes".
Rio de Janeiro, 10 de dezembro de 2013.
José Maria Marin
Fonte: Gazeta Press
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