Após
a prisão de Francisco de Assis Júnior, policiais fizeram buscas na casa
do suspeito, em Macaíba (Foto: Divulgação/Polícia Civil e Felipe
Gibson/G1)
A Polícia
Civil afirma que já sabe quais foram as motivações para a chacina que vitimou
cinco mulheres na madrugada da quarta-feira (15) dentro de um prostíbulo na
zona rural de Itajá, município distante 200 quilômetros de Natal. Ao G1,
o delegado Normando Feitosa afirmou que uma das razões para o crime foi o fato
de a gerente do bordel estar roubando o mantenedor do negócio. “Insatisfeito,
ele mandou matá-la. Como na casa havia cinco mulheres, as demais foram mortas
como queima de arquivo”, pontuou.
Contudo,
ainda de acordo com o delegado, a desonestidade da gerente foi o motivo mais
brando para o crime. “Tem outras coisas por trás do que aconteceu, mais que
ainda não podemos revelar. Estamos trabalhando para prender os homens que
executaram as mulheres. Isso é o mais importante agora”, ressaltou.
Sobre a
questão da desonestidade, Normando explicou que a gerente estaria cobrando um
determinado valor pelos programas das meninas e produtos vendidos na casa, como
bebidas, cigarros e drogas ilícitas, mas repassava um valor abaixo do
combinado.
Prisões
O
mantenedor do prostíbulo, ainda de acordo com Normando, chama-se Francisco de
Assis Júnior, de 38 anos. ‘ET’, como é mais conhecido, foi preso na manhã desta
sexta (17) ao se apresentar na Delegacia de Macaíba. Ele foi intimado a
comparecer à DP por conta de uma queixa de violência doméstica. Contudo, como
já tínhamos em mãos um mandado contra ele no caso da chacina, assim que ele
chegou recebeu voz de prisão”, explicou o delegado.
Após a
prisão, agentes foram à casa do suspeito e fizeram uma busca. No local foi
apreendido um aparelho celular que contém imagens da chacina e das cinco
mulheres mortas. O delegado revelou que o telefone pertence à mulher de
Francisco de Assis. “O fato de as imagens estarem no celular da mulher podem
não dizer nada, mas também podem significar muita coisa. Há algum interesse
dela ou mesmo do próprio marido nesta história. E isso nós também vamos
descobrir”, ressaltou o delegado. A prisão de Francisco foi a segunda referente
ao caso. Na noite desta quinta (16), um homem foi preso em Itajá também
apontado como suspeito de envolvimento no crime.
*Anderson
Barbosa/G1 RN