Presos da CCPJ (Central de Custódia de Presos de Justiça), localizada no complexo penitenciário de Pedrinhas, se rebelaram na tarde desta quinta-feira (16). O princípio de motim ocorreu no bloco A da CCPJ.
Segundo a Sejap (Secretaria de Estado de Justiça e Administração Penitenciária), homens da Tropa de Choque da PM (Polícia Militar), Força Nacional e do Geop (Grupo Especial de Operações Penitenciárias) estão no local e já "contiveram princípio de tumulto".
Não há informação se algum preso foi ferido durante o motim. A Sejap informou ainda que o "clima nesse momento é de tranquilidade no local".
Desde a última segunda-feira (13), presos de três pavilhões da CCPJ estão em greve de fome.
Em vistoria no ano passado ao complexo, o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) relatou que o domínio de facções criminosas que agem dentro dos presídios maranhenses deixa as unidades prisionais "extremamente violentas".
Em relatório após a visita, o CNJ apontou ainda que mulheres de presos que não são líderes de facções são estupradas em dias de visita pelo comando dos grupos criminosos para que os maridos não sejam assassinados. Há relatos de estupros fora dos presídios a mando dos líderes de facções.
O Estado passa por uma crise na área se segurança pública, que tem como foco o complexo de Pedrinhas. Superlotado, com 1.700 vagas e 2.200 presos, o complexo registrou 62 mortes desde o ano passado --60 em 2013 e duas neste ano.
Após uma intervenção da PM (Polícia Militar) no complexo, detentos ordenaram ataques fora do presídio -- em um deles uma menina de 6 anos morreu depois de ter 95% do corpo queimado em um ônibus que foi incendiado por bandidos.
A maior parte das mortes no complexo tem relação com brigas entre as facções criminosas que tomam o complexo -- a Bonde dos 40, nome em alusão à pistola ponto 40, e PCM (Primeiro Comando do Maranhão), facção ligada ao PCC (Primeiro Comando da Capital), de São Paulo.
Fonte: UOL
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