O Governo do Estado não conseguiu êxito nas negociações com a
Polícia Civil, Instituto Técnico-científico de Polícia (Itep/RN) e delegados de
Polícia Civil. Ontem, após longa reunião, entre representantes
governistas e sindicalistas da Polícia Civil, as categorias decidiram continuar
a paralisação, por tempo indeterminado.
O Sindicato dos Policiais Civis e Servidores de Segurança
Pública (Sinpol/RN) e a Associação dos Delegados de Polícia Civil do Rio Grande
do Norte (Adepol/RN) consideraram a proposta “pífia”. Apesar de a comissão
formada pelo chefe da Casa Civil, Carlos Augusto Rosado; o secretário de
Segurança Pública, Aldair da Rocha; e o delegado geral de Polícia Civil,
Ricardo Sérgio, apresentarem seis propostas, os sindicalistas continuaram
insatisfeitos. “A greve continua porque o Governo não apresentou uma
proposta aceitável. Não foi apresentado nem metade do que reivindicamos, não
houve avanço algum”, criticou o presidente do Sinpol, Djair Oliveira.
Intimado judicialmente quanto à decisão do desembargador
Cláudio Santos, que determinou o retorno às atividades de 70% do efetivo da
Polícia Civil, sob pena de multa diária de R$ 10 mil, o Sinpol já recorreu no
Tribunal de Justiça e aguarda apreciação. Djair Oliveira confirmou que o
movimento continua como está: “Com 30% do efetivo, como determina a lei de
greve”. O TJ informou que a petição do Sinpol só foi computada no final da
tarde de ontem e por isso ainda não tinha sido citada no processo, algo que só
deve acontecer hoje.
Veja quais são as reivindicações dos grevistas:
*Convocação imediata de mais de 300 e a formação de 200
aprovados no último concurso – ACATADA EM PARTE (o Governo promete convocar 110
policiais e escrivães de outubro de 2013 até abril de 2014)
*Contratação de equipes de serviços gerais para a limpeza das
delegacias – ACATADA
*Criação da Divisão de Homicídios – ACATADA (Porém isso
ficaria para o ano que vem, quando em abril a unidade estaria pronta para
iniciar as atividades).
*Retirada dos presos das delegacias – ACATADA
*Adicional noturno para policiais que atuam em regime de
Plantão, vale refeição e atualização dos salários – NEGADA (Governo alega
que devido à Lei de Responsabilidade Fiscal não é possível fazer os reajustes)
*Melhores condições de trabalho: armamento adequado, colete, algemas e munições para todos – ACATADA EM PARTE (Djair Oliveira conta que o Governo só garante os equipamentos para os que forem convocados)
*Criação do Estatuto do Itep – NEGADA (uma das principais
reivindicações, a proposta não foi nem contemplada na reunião)
*Fonte: Tribuna do Norte
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