O papa Francisco classificou ontem (24)
os abusos contra crianças e adolescentes como “crimes abomináveis”, nos quais,
segundo ele, “esconde a mão do mal” sem poupar a “inocência das crianças”. O
pontífice anunciou sete estratégias para “acabar com a violência contra as
crianças” por parte da Igreja Católica Apostólica Romana.
"Gostaria de reiterar aqui que a
Igreja não será poupada em fazer todo o necessário para levar à justiça quem
cometeu tais crimes. A Igreja nunca tentará encobrir ou subestimar qualquer
caso”, ressaltou o papa no encerramento do encontro promovido pelo Vaticano com
representantes da Igreja Católica Apostólica de vários países.
O papa Francisco advertiu que abusos não
devem ser encobertos e desvalorizados, pois tais atitudes favorecem a
propagação do mal. Ele ressaltou que o mundo digital deve ser inserido no esforço
coletivo.
"Devemos empenhar-nos para que os
jovens e as jovens, especialmente os seminaristas e o clero, não se tornem
escravos de dependências baseadas na exploração e abuso criminoso dos inocentes
e de suas imagens e o desprezo pela dignidade da mulher e da pessoa
humana", destacou o papa.
SUPERAÇÃO
Segundo o papa Francisco, é necessário
superar “polêmicas ideológicas e políticas” para combater o problema.
"Milhões de crianças, em todo o mundo, são vítimas de exploração e abuso
sexual", alertou.
“[O que ocorre] leva à amargura e até
mesmo suicídio. Às vezes, vingar-se fazendo a mesma coisa."
Desde o dia 21 até hoje, cardeais,
arcebispos, bispos e líderes religiosos se reuniram para discutir medidas para
combater os abusos e a exploração de menores. Após a missa de domingo, o papa
Francisco conversou com os religiosos. Ele ressaltou que muitos abusos são
cometidos dentro da família e entre pessoas conhecidas.
DENÚNCIAS
Nos últimos meses, várias denúncias
contra padres e bispos dos mais distintos continentes, denunciados por abusos,
vieram à tona. O papa avisou que não toleraria casos de violência sexual contra
crianças e adolescentes.
O papa Francisco também condenou o
"turismo sexual" chamado por ele de “flagelo”. Segundo ele, um
fenômeno em crescimento contínuo. Ele lembrou que há ainda outras vítimas de
abusos, como crianças-soldados, desnutridas, sequestradas e “muitas vezes
vítimas do comércio monstruoso em órgãos humanos ou transformados em escravos”.
Com
informações da rádio do Vaticano
Nenhum comentário:
Postar um comentário