Em meio ao
acirramento na relação entre Brasil e Venezuela, o vice-presidente Hamilton
Mourão, escalado para coordenar a resposta do Brasil diante da crise no país no
vizinho, disse nesta sexta-feira (22) não acreditar na possibilidade da eclosão
de um conflito entre os dois países.
O general quatro
estrelas foi chamado para uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro, no
Palácio do Alvorada, para tratar do tema. O ministro do GSI (Gabinete de
Segurança Institucional) Augusto Heleno anunciou a criação de um gabinete de
crise para acompanhar a situação na fronteira entre os dois países.
O
vice-presidente, que viajará no domingo (24) à Colômbia para discutir a
situação da Venezuela em um fórum do Grupo de Lima, disse à Folha que o
fechamento da fronteira, anunciado pelo ditador Nicolás Maduro, é apenas uma
situação de tensão.
“Não tem [ameaça
de guerra], em absoluto. É uma situação de tensão, mas nada mais do que isso”,
disse.
Ele avalia que
Brasil e Venezuela “não têm diferenças” e que os desentendimentos do país
vizinho são, na verdade, com a Colômbia.
Os colombianos
são os principais parceiros dos Estados Unidos na América do Sul. Para Mourão,
Maduro está tentando demonstrar poder de reação diante da crescente pressão
internacional pela sua saída.
“Eles estão sob
pressão e mostrando a reação deles. Ele acha que está na iminência de ser
invadido pelos Estados Unidos. Ele quer passar a impressão para a população de
que está sob ameaça”, afirmou o vice-presidente.
Na viagem à Colômbia, a ideia é que Mourão entre em contato com
militares venezuelanos para tentar reabrir um canal de diálogo entre os dois
países. Ele também terá uma audiência com o vice-presidente dos Estados Unidos,
Mike Pence.
Folhapress
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