O
ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou para a primeira instância uma ação
penal por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em que é réu o ex-senador
Agripino Maia, do Democratas.
A decisão
do ministro, publicada nesta terça-feira (19), foi tomada a pedido da
Procuradoria-Geral da República (PGR), sob o argumento de que Agripino não foi
reeleito e perdeu o foro privilegiado – o direito de ser julgado pelo STF.
Agripino
Maia é acusado de suposto desvio de dinheiro público na construção
da Arena das Dunas, em Natal, investigação desdobramento da Operação
Lava Jato.
Segundo
Barroso, trata-se de senador não reeleito, “razão pela qual não subsiste a
prerrogativa de foro perante o Supremo”.
Agora, o
processo deve ter continuidade em uma Vara Criminal da Justiça Federal do Rio
Grande do Norte. Devem ser coletadas provas e ouvidas testemunhas e, ao final,
Agripino poderá ser considerado culpado ou inocente.
A denúncia
foi aceita pela Primeira Turma do STF em 12 de dezembro de 2017. À época,
ele afirmou ser inocente e pediu ao STF urgência no julgamento.
Denúncia
Segundo a
PGR, Agripino teria recebido mais de R$ 654 mil em sua conta pessoal, entre
2012 e 2014, da construtora OAS. A pedido do senador, a empreiteira também
teria doado R$ 250 mil ao DEM em troca de favores de Agripino.
A
acusação diz que ele teria ajudado a OAS a destravar repasses do BNDES para
construir a Arena das Dunas, estádio-sede da Copa do Mundo em Natal.
A ajuda
teria ocorrido na suposta interferência para que o Tribunal de Contas do Rio
Grande do Norte deixasse de informar ao BNDES eventuais irregularidades no
projeto executivo da obra. Essa era uma condição para o repasse do empréstimo.
Mais
tarde, em 2016, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) constatou sobrepreço de R$
77 milhões na construção do estádio.
G1RN
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