O Ministério Público Eleitoral apresentou oito Ações de Investigação
Judicial Eleitoral (Aijes) e cinco representações, no final de 2018, tendo como
alvo 36 candidatos que concorreram no último pleito, no Rio Grande do Norte. As
irregularidades apontadas pelo MP incluem desde utilização da máquina pública,
até compra de votos e problemas com as prestações de conta. Em todos os casos
foram pedidos a negação ou cassação do diploma dos eleitos e dos suplentes.
Dentre os alvos estão três dos candidatos ao governo do estado: Robinson
Faria (PSD), a atual governadora Fátima Bezerra (PT) e o ex-prefeito de Natal,
Carlos Eduardo Alves (PDT), assim como dois candidatos a vice. A lista ainda
inclui um concorrente ao Senado, cinco à Câmara Federal e 25 à Assembleia
Legislativa, totalizando 16 diferentes legendas.
Deputados
Uma das oito ações trata da forma ilegal com que 23 deputados estaduais
se promoveram, a partir da doação de ambulâncias (85 ao todo) e de viaturas
policias (50) adquiridas com recursos públicos da própria Assembleia
Legislativa. O valor gasto, mais de R$ 13 milhões, veio de sobras do orçamento
e os parlamentares definiram, inclusive, a destinação dos veículos, priorizando
seus redutos eleitorais e propagando o fato em redes sociais e através de
outros meios de comunicação, com objetivo de fazer crer que as doações eram
frutos da “generosidade pessoal” de cada um.
Da lista fazem parte Ezequiel Ferreira, Albert Dickson (PROS), Carlos
Augusto Maia (PCdoB, suplente), Cristiane Dantas (PPL), Fernando Mineiro (PT,
suplente federal), George Soares (PR), Getúlio Rêgo (DEM), Gustavo Carvalho
(PSDB), Gustavo Fernandes (PSDB, suplente), Hermano Morais (MDB), Jacó Jácome
(PSD, suplente), José Adécio (não concorreu), José Dias (PSDB), Galeno Torquato (PSD), Larissa Rosado
(PSDB, suplente), Luiz Antônio “Tomba” (PSDB), Manoel “Souza” Neto (PHS),
Márcia Maia (PSDB, suplente), Nelter Queiroz (MDB), Raimundo Fernandes (PSDB), Ricardo Motta (PSB, suplente), Rudson
“Dison” Lisboa (PSD, não eleito) e Vivaldo Costa (PSD).
G1