Servidores fazem relatos da situação "caótica" do Hospital
Regional Tarcísio Maia (HRTM) em Mossoró, o maior hospital da região Oeste. Apesar
do esforço louvável dos funcionários, a demanda alta e a falta de insumos
comprometem o atendimento.
Nas redes sociais se espalhavam denúncias de falta de medicamentos
básicos. Falta de tudo, desde antibióticos até Transamin, medicamento destinado
para o controle e prevenção de sangramentos provocados por cirurgias,
traumatismos e doenças com tendência a sangramentos.
Também há relatos de falta de esparadrapos, agulhas, luvas para
procedimento, aparelhos de pressão com estetoscópio e oxímetro de pulso. Para
não comprometer o atendimento, os familiares dos pacientes são obrigados a
comprar do próprio bolso.
A superlotação é outro grave problema, divulgada insistentemente neste
blog. Não há macas para todos e os pacientes se espalham pelos corredores.
Muitas vezes recebem atendimento no chão. Alguns casos mais graves, como
pessoas vítimas de infarto, tiveram que ficar em cadeiras na sala de medicação
aguardando vaga em um leito. Uma situação deprimente para quem depende do
serviço público de saúde.
As autoridades estaduais precisam tomar ciência da situação. A comissão
de direitos humanos, por exemplo tem, por obrigação, de fiscalizar o que
acontece no pronto-socorro do hospital, pois temos servidores competentes, mas
sem condições de trabalho não conseguem fazer milagre.
Ismael Souza