A
governadora Fátima Bezerra e o vice-governador Antenor Roberto, acompanhados da
equipe econômica do Governo, deram início, na tarde desta segunda-feira (28), à
missão técnica com o Tesouro Nacional. O encontro teve como objetivo discutir
as práticas e os relatórios contábeis do Estado.
No
primeiro dia da missão, que deve ser concluída em três dias, a equipe
financeira fez uma apresentação das contas do Estado. A governadora explicou
que as práticas contábeis que vinham sendo adotadas necessitavam de algumas
correções. “Essa missão veio para fechar as contas, os relatórios e os balanços
finais de 2018 para que assim possamos retratar a real situação financeira do
Estado”, enfatizou.
De acordo
com o secretário de Planejamento, Aldemir Freire (Seplan), a partir desse
balanço é que será possível desenhar um programa que atenda ao Rio Grande do
Norte, já que nenhum programa existente hoje na União, disponível para os
estados, atende ao RN.
“Pretendemos que seja desenhado um programa onde RN
possa se enquadrar nos critérios de elegibilidade. O programa de recuperação
fiscal que o Tesouro apresenta hoje aos estados exige que a dívida seja maior
que a receita corrente líquida e estamos longe de alcançar isso”, disse.
O
secretário destacou ainda que mesmo havendo flexibilidade do atual programa, e houvesse
o enquadramento do Rio Grande do Norte, não seria suficiente para reestabelecer
o equilíbrio financeiro, já que o plano renegocia os débitos que o Estado tem
com União, hoje em torno de R$ 25 milhões por mês. “Ajudaria, claro. Mas é
insuficiente. Não é o montante da nossa dívida, pois temos uma dívida com a
União que é muito pequena proporcionalmente. Nosso problema é que temos um
perfil de endividamento a curto prazo, com servidores e fornecedores, e é essa
a nossa grande dívida. Então precisamos de um programa que leve em consideração
esse perfil de endividamento e que atenda a esse tipo de situação”, pontuou.
A
proposta do governo é que haja um programa que atenda o Estado em duas áreas, a
primeira na linha dos investimentos, para que haja manutenção da infraestrutura
e equipamentos, e a outra linha seria numa proposta que viabilizasse a troca
dos principais credores. “Se hoje o Estado tem um perfil de credor a curto
prazo (servidores e fornecedores), o ideal seria substituirmos pelos de longo prazo,
a fim de um financiamento prolongado”, completou.
ASSECOM/RN