perderam
todos os instrumentos musicais após o ônibus do grupo ser incendiado na
madrugada de terça-feira (8) no Bairro Barroso, em Fortaleza, durante uma série
de ações criminosas no Ceará. A banda "Fubá de Milho" estava de
passagem pela capital cearense para uma sequência de shows, quando ocorreu o
ataque contra uma oficina onde estava o ônibus. "Perdemos tudo",
disse um dos integrantes.
Criminosos
já realizaram 182 ataques contra veículos, delegacias, viadutos, prédios
públicos e comércio em 43 dos 184 municípios cearenses desde o dia 2 de
janeiro. As ações são decorrentes
de uma represália à ação do governo de aumentar o rigor na fiscalização das
unidades prisionais e acabar com a divisão dos presos por facções nos
presídios. A Força Nacional reforça a segurança no estado. A polícia capturou
277 suspeitos por envolvimento nos crimes.
O ônibus da
banda Fubá de Milho foi destruído durante o ataque a uma oficina mecânica. De
acordo com a polícia, na terça-feira, cinco suspeitos invadiram o
estabelecimento, renderam os vigilantes e incendiaram cinco veículos que
estavam no local, incluído o do grupo musical.
O sócio e
vocalista da banda, Gleiber Galvão, contou que todos os instrumentos musicais e
equipamentos de iluminação e som estavam dentro do ônibus e ficaram destruídos.
O veículo não tinha seguro.
"Encontrei
o ônibus totalmente destruído. Todo um sonho, toda uma história, iluminação,
instrumentais. Tudo! A gente estava fazendo a manutenção do carro para viajar
para São Paulo, para cumprir 19 shows. Mas, infelizmente, aconteceu essa
tragédia", lamentou.
Apesar do
ocorrido, Galvão afirmou que os shows não serão cancelados. “A gente fica um
pouco triste com essa situação. Mas vamos continuar com nossa agenda de show e
vai dar tudo certo. Com muita fé em deus vamos dar a volta por cima”,
acrescentou.
Onda
de violência
O Ceará
registra ações criminosas há nove dias seguidos. Na madrugada desta
quinta-feira (10), homens queimaram um ônibus e 5 carros em uma oficina na
cidade de Forquilha e explodiram uma bomba em um viaduto de Fortaleza e
atacaram um centro de assistência social na capital.
O governador
Camilo Santana (PT) informou que chefes de facções criminosas que estavam
presos no Ceará foram transferidos para presídios federais. Santana também
comunicou que 277 suspeitos foram capturados por envolvimento nos ataques.
G1/CE