Segundo o secretário, todos os pavilhões serão alvo da intervenção.
As medidas foram anunciadas após reunião do Gabinete de Gestão Integrada (GGI) na Escola do Governo, que durou duas horas, entre o governador, secretários da Segurança e Justiça, Procuradoria da República e entidades convidadas para debater sobre a situação do presídio.
“Vamos paulatinamente, com esse reforço das Forças Armadas, dos agentes penitenciários levar os presos para dentro dos pavilhões”, afirmou. “Estamos trabalhando para resolver esse problema o mais rápido possível.”
Os detentos continuam soltos dentro da penitenciária onde uma rebelião deixou pelo menos 26 mortos. Questionado se a intervenção servirá para tirar as armas do presídio, o secretário respondeu: “Sem dúvida nenhuma. Já tirei vários caminhões com armas brancas, com facões, com lanças”.
O secretário anunciou ainda medidas que serão tomadas nos próximos dias para tentar retomar o controle de Alcaçuz e que, segundo ele, começam imediatamente. Ao todo, 70 agentes penitenciários federais e de quatro estados vão ajudar nas ações.
Veja as medidas anunciadas:
– reparos nos pavilhões 2 e 3, que serão fechados, de modo a trazer todos os presos para eles e deixar separados os do pavilhão 5;
– colocar cerca externa com sistema de alarme afastada 50 metros do entorno de Alcaçuz, para ter um perímetro de segurança para evitar entrada de armas no presídio;
– executar uma obra de eclusas, portões coordenados, abertos e fechados, para garantir entrada de forças policiais no pavilhão 5;
– reparar as guaritas interditadas;
– implantar sistema de videomonitoramento;
– realizar a limpeza da vegetação no entorno;
– concluir o muro interno que separa o pavilhão 5 dos demais para manter os grupos rivais afastados;
– realizar o concretamente na base da murada para dificultar a escavação de túneis;
– concluir a iluminação externa.
Ainda segundo o secretário, o número de mortes pode subir para 28 no presídio, mas a perícia ainda vai confirmar a informação. “O número de vítimas seriam de 28 até o momento. Precisa da confirmação da perícia oficial”, disse.
Do G1 RN