Um homem foi morto a tiros e depois degolado na Comunidade Novo Horizonte, antiga Favela do Japão, na rua das Lavadeiras, bairro das Quintas, na Zona Oeste de Natal, na noite de terça-feira (24). De acordo com a Polícia Militar, o rapaz não possuía identificação e aparentava ter 30 anos. Ele foi morto com sete disparos de arma de fogo e tinha diversos cortes de faca pelo corpo, além da cabeça arrancada.
Segundo o Major Eduardo Franco, assessor de comunicação da Polícia Militar, o 9º Batalhão já tem pista dos suspeitos, mas a informação será mantida em sigilo para não atrapalhar a investigação. Fotos e vídeos do crime circulam nas mídias sociais, mas são impublicáveis. No áudio, é possível ouvir um dos suspeitos fazendo referência ao PCC, mas a Polícia não considera a Favela do Japão como território dominado pelo PCC ou pelo Sindicato RN, mas trabalha com a hipótese de relação com as mortes ocorridas em Alcaçuz.
Crise em Alcaçuz A Penitenciária Estadual de Alcaçuz passa por rebeliões desde o dia 14 de janeiro e, ao longo dos últimos dias, os presos circulavam tranquilamente ostentando armas brancas e subindo nos telhados. Na quinta-feira (19), durante uma briga entre duas facções que disputam poder, um preso foi visto portando arma de fogo e atirando contra os inimigos.
Na terça-feira (24) policiais do Bope, Tropa de Choque e o Grupo de Operações Especiais (GOE) da Secretaria de Justiça (Sejuc) ocuparam a Penitenciária Estadual de Alcaçuz, na Grande Natal, para realizar uma revista minuciosa nos pavilhões. No entanto, horas depois a equipe do G1 RN flagrou homens com celular e armas brancas em cima do telhado. Quatro túneis foram encontrados até a última terça-feira (24), o Governo nega que tenha ocorrido fuga de presos. A Polícia fez uma nova contagem dos detentos, mas o resultado da operação não foi divulgado.
Alcaçuz fica em Nísia Floresta, cidade da Grande Natal. Com capacidade para 620 presos, a unidade possui atualmente 1.150 detentos. A grande maioria dividida em duas facções criminosas. De um lado o PCC. Do outro, o Sindicato do RN, dissidente da facção que nasceu nos presídios de São Paulo.
Do G1 RN