A conta de luz de fevereiro não terá cobrança de taxa
extra, informou a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) nesta
sexta-feira (27). A agência decidiu que a bandeira tarifária será verde.
As bandeiras começaram a ser cobradas em janeiro de 2015
e servem para cobrir o custo mais alto de gerar energia por meio das
usinas termelétricas, quando a seca (atualmente no Norte e Nordeste) prejudica os
reservatórios das hidrelétricas pelo país.
De abril até outubro de 2016, não houve cobrança de
taxa, porque também estava em vigor a bandeira verde. A cobrança de taxa
extra vigorou em novembro pela bandeira amarela, com R$ 1,50 a mais a cada 100
kWh consumidos, mas voltou a cair em dezembro.
Pouca chuva, conta mais cara
Quando há pouca
chuva, o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas cai, o que diminui a
produção de energia. Para compensar essa queda, o governo manda acionar usinas
termelétricas, a carvão, que são mais caras. Foi o que aconteceu no país desde
2013.
Foi criada, então, a bandeira vermelha, cobrança extra
na conta de luz para bancar esses custos maiores na produção de energia.
No ano passado, a situação melhorou: choveu mais e subiu
o volume dos reservatórios das hidrelétricas. Além disso, o consumo das
famílias e indústrias caiu, e novas usinas começaram a funcionar.
Por isso, a bandeira foi sendo alterada ao longo do
tempo:
§ De janeiro de 2015 a janeiro de
2016, a bandeira era vermelha e a taxa extra era de R$ 4,50 para cada 100 kWh
consumidos;
§ Em fevereiro do ano passado, passou
para bandeira "rosa" e a taxa caiu para R$ 3 para cada 100 kWh;
§ Em março, a bandeira mudou para
amarela e a taxa caiu para R$ 1,50 a cada 100 kWh;
§ Em abril, entrou em vigor a
bandeira verde e a taxa extra deixou de ser cobrada;
§ Em novembro, vigorou a bandeira
amarela, com taxa de R$ 1,50 a cada 100 kWh.
§ Em dezembro, voltou a valer a
bandeira verde, sem cobrança de taxa extra.
A Aneel pede que os consumidores façam o uso eficiente
de energia elétrica e combatam os desperdícios.
(Com Reuters)
Uol