Santos Dumont fez o convite para retomar o voo pelos cartões-postais do Rio de Janeiro, que havia começado 17 dias antes, na cerimônia de abertura. Desta vez, a viagem por pontos turísticos como os Arcos da Lapa, o Cristo Redentor e o Pão de Açúcar também proporcionou um passeio pela rica fauna brasileira, até formar os arcos olímpicos, ao som da percussão do grupo Barbatuques.
Devagarinho, Martinho da Vila pediu licença para apresentar ao mundo os grandes maestros da música popular brasileira. Pixinguinha e o seu "Carinhoso", Braguinha e Noel Rosa foram homenageados pelo intérprete e compositor de Vila Isabel, que levou suas três filhas e uma neta, para ajudá-lo a contar e cantar um pouco o samba e o choro brasileiros. O momento dedicado à música terminou com um emocionante coro de 27 crianças – representando os 26 estados e o Distrito Federal – cantando o Hino Nacional do Brasil. A bandeira do país entrou no Maracanã nas mãos da ex-tenista brasileira Maria Esther Bueno.
PARA DEIXAR SAUDADE
Arnaldo Antunes pediu licença para falar de saudade. O escritor, compositor e cantor recitou um poema que tem como tema a palavra famosa por só na língua brasileira definir de forma resumida vários sentimentos. Projeções de traduções em diversos idiomas para "saudade" foram lançadas pelo estádio. Em seguida, veio uma homenagem à arte manual das mulheres rendeiras, com a participação do grupo "Ganhadeiras de Itapuã", destacando a contribuição da cultura negra na formação do Brasil. A renda saiu de cena e entrou a argila. Era a vez de Luiz Gonzaga, o "Rei do Baião", e sua "Asa Branca" serem lembrados.
Um vídeo com cenas marcantes e emocionantes dos Jogos Rio 2016 foi exibido e serviu de introdução para a última premiação da competição, na entrega de medalhas da tradicional prova da maratona. Em seguida, grandes nomes do esporte, como a russa Yelena Isinbayeva, foram anunciados como novos membros da Comissão de Atletas do Comitê Olímpico Internacional (COI). Os voluntários, que se espalharam e se desdobraram em vários cantos da cidade nos últimos 17 dias, se uniram no centro do Maracanã e também foram homenageados, enquanto Lenine embalava o bonito momento. Era uma das últimas cenas olímpicas do Rio de Janeiro. Não demorou muito para o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, devolver a bandeira olímpica para o COI, em meio a algumas vaias e aplausos do público. O símbolo foi entregue em seguida a Tóquio, o palco da edição de 2020.
O cartão de visitas dos japoneses para a próxima Olimpíada teve como destaques a palavra "Arigato" (obrigado, em português), que foi projetada em várias línguas durante a breve apresentação, e a tradição dos games japoneses - com direito ao primeiro ministro Shinzo Abe surgindo no palco vestido de Super Mario Bros. Reforçando os conceitos de "diversidade e harmonia ", Tóquio apresentou a intenção de incentivar a aceitação apesar das diferenças culturais dos povos. Para encerrar, uma queima de fogos.
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