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quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Mesmo com tropas federais, RN vive clima tenso após ataques

Duas semanas após a chegada das Forças Armadas para reforçar a segurança pública em áreas de grande movimento e pontos turísticos, o Rio Grande do Norte ainda vive um clima de instabilidade dentro e fora de presídios.

Nesta terça (16), quando terminaria o prazo da presença das tropas no Estado, o presidente interino Michel Temer (PMDB) autorizou a permanência das tropas até 23 de agosto. A medida atende, em parte, pedido do governador Robinson Faria (PSD), que pleiteou o reforço por dois meses.

Desde 29 de julho, o Estado registrou 118 tentativas e ataques contra veículos e prédios públicos, em 42 municípios. Os casos mais recentes ocorreram nesta segunda-feira (15), quando um carro particular e um caminhão foram queimados em Natal. A polícia investiga se facções criminosas participaram da ação.

Segundo o governo potiguar, os ataques, iniciados no dia 29 de julho, foram uma represália à instalação de bloqueadores de sinais de celular em uma penitenciária.

O clima de insegurança, porém, persiste. "Semana passada tentaram incendiar um ônibus. Hoje vi na televisão que apedrejaram outro que faz transporte para fábricas e de estudantes. Ainda estamos em situação de cautela. O clima está tenso ainda", diz Augusto Maranhão Valle, do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Natal.

Um dos principais alvos nos ataques, o setor chegou a operar sob escolta da Guarda Municipal até a semana passada. Agora, os guardas estão "de sobreaviso" e podem ser acionados.

No sistema prisional, mais de 20 suspeitos de envolvimento foram transferidos para presídios federais. Mas ainda há instabilidade nas prisões. Na segunda (15), houve uma tentativa de fuga no Complexo Penal João Chaves, em Natal. Agentes de plantão conseguiram, no entanto, deter os bandidos.

Dois dias antes, três adolescentes apreendidos no Centro Educacional de Nazaré queimaram colchões e levantaram suspeita sobre relação do caso com as facções. Os casos relacionados às unidades prisionais não entram nas estatísticas das ocorrências registradas desde julho.

´MISSÃO CUMPRIDA´
Em ofício a Temer, o governador chegou a afirmar que "persistem indicativos de rebeliões a serem deflagradas em unidades do sistema penitenciário estadual".

Apesar da prorrogação de tropas no Estado, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, minimizou o clima de insegurança. "Nosso papel, nossa missão está concluída. Hoje Natal é uma cidade pacificada, onde acontecem incidentes isolados, como em qualquer outra capital", disse.

Nem o ministro nem a Presidência da República confirmaram se o governo vai autorizar o envio de um efetivo extra à cidade de Mossoró, também pedido pelo Estado. Por ora, são 1.200 militares.

Com a presença das tropas, policiais reforçam o patrulhamento em locais com maiores incidências criminais. Até esta terça, 112 suspeitos de participação nos ataques haviam sido presos ou apreendidos no Estado.


Fonte: Folha de S. Paulo

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