O Governo do Estado
desde janeiro não efetua o pagamento às cooperativas médicas, que
complementam a realização de cirurgias de alta e média complexidade pelo
SUS em diversas especialidades: ortopedia, neurologia, oncologia,
cardiologia, pediatria e urologia. Mais de 15 mil procedimentos
cirúrgicos não foram pagos. Já o convênio com os hospitais privados
(Hospital do Coração, Natal Center, Promater-Incor, Memorial,
Prontoclínica Paulo Gurgel e LIGA), o atraso é ainda maior: desde o
final de 2015. Em virtude disso, os hospitais públicos como o Walfredo
Gurgel estão novamente superlotados, com pacientes internados nos
corredores, aguardando há mais de 60 dias por uma cirurgia.
Em meados de julho, quando o serviço
estava também suspenso, o governador Robinson Faria recebeu os
representantes das cooperativas médicas e dos hospitais privados,
acordando pagar o atrasado a partir daquele mês, de forma parcelada, o
que não ocorreu em julho, causando novamente a paralisação.
“O Estado descumpre o acordo assumido
conosco e não nos resta outra saída a não ser a paralisação do serviço,
atendendo apenas os casos de urgência”, relata o Dr. Marcelo Cascudo,
presidente da COOPMED.
O descumprimento do acordo por parte do
Estado ocorre pelo fato da Secretária Estadual de Saúde não ter assinado
seu termo de posse, lhe impedindo de assinar o Termo de Cooperação
entre os Entes Público (TCEP), e portanto repassar os recursos. O MP já
ajuizou uma ação contra o Estado.
Foto: Sindsaúde