De início, o estádio já estava do seu lado. Seu nome
foi o mais ovacionado no anúncio da escalação. E já se gritava "Ole, olê,
olê, Neymar". Faltava, no entanto, uma fagulha para acender mais a chama
em um Maracanã olímpico.
E ela veio quando Neymar assumiu o protagonismo do
time. Correu na marcação por pressão, partiu para cima dos rivais, e incomodou
o tempo inteiro a defensa rival. A torcida reconhecia nele um líder cada vez
que ia para o escanteio e levantada os braços para pedir mais palmas.
Aí veio o gol: a bola foi cobrança de falta foi
executada de forma magistral, lá onde se amarra camisa para treinar esse tipo
de batida. A torcida enlouqueceu e o grito pelo craque se tornou mais fortes,
uma ovação. Ele já era o dono da festa. A comemoração foi mandando um "eu
to aqui" de CR7 e o raio de Bolt que estava na tribuna de honra.
No segundo tempo, com o time tenso após sofrer o
empate, Neymar não se abalou. Quando caiu pela esquerda, criou jogadas de gol
para Luan, Gabriel e Felipe Anderson, que não conseguiram marcar o gol. No
lance com o santista, Neymar reclamou que a bola não foi devolvida nele. Também
pediu que desse a bola nele quando Rodrigo Caio deu um chutão.
Cansado, na prorrogação, Neymar já não aguentava mais
correr em campo. Ainda achou passes, achou as jogadas que dava, e conduziu o
time com instruções, e a torcida com pedidos de palmas.
Ao final, nos pênaltis, lhe sobrou o papel final. Com a
defesa de Weverton, ele cobraria o último pênalti. Bateu com precisão no alto,
sem erro. Ainda na área, caiu em prantos incontroláveis. Deitado, com a mão nos
rosto, os outros os abraçaram e ele continuava lá por minutos, pareciam horas.
E dizem que ele não se importa com a seleção.
Fonte: Uol