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quinta-feira, 25 de junho de 2015

Pelo WhatsApp, preso monitora tráfico de armas e drogas no RN

O preso apontado pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte como líder do tráfico de drogas, tráfico de armas e assaltos em várias cidades da região Oeste potiguar, foi grampeado e teve várias escutas telefônicas interceptadas com autorização judicial. O G1 teve acesso às gravações, nas quais o preso encomenda armas, pede pra que fotos sejam enviadas para ele pelo aplicativo WhatsApp, e até repreende um traficante ao reclamar da pesagem de uma encomenda de drogas. O detento chama-se José Jocenildo de Morais Fernandes, mais conhecido como ´Nildinho´.

Nildinho, segundo o MP, foi o principal alvo da operação ‘Pedra Sobre Pedra’, deflagrada no início da manhã desta quinta-feira (25) na região Oeste e Grande Natal. O objetivo da ação, que cumpriu 11 mandados de prisão e 13 de busca e apreensão em Caraúbas e Apodi, na região Oeste do estado, e em Nísia Floresta e Natal, na região Metropolitana da capital, "é desarticular organização criminosa dedicada ao tráfico de drogas, roubos e homicídios, que atua notadamente em Apodi", afirmou o MP.

Ainda segundo o MP, Nildinho cumpre pena no Presídio Rogério Coutinho Madruga, unidade que também é conhecida como Pavilhão 5 da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, a maior do sistema prisional potiguar. "O preso estruturou toda uma rede organizada para aquisição, transporte, armazenamento e revenda de drogas", acrescentou.

Em uma das gravações, Nildinho conversa com alguém sobre a possibilidade de comprar armas. A pessoa, que não é identificada no áudio, diz que pode conseguir algumas peças. No linguajar dos presos, ‘peça’ significa ‘arma’, assim como ‘ferro’. “Ei se aparecer uns ferrozinho (armas) daquele jeito lá...”, propõe o homem do outro lado da linha. “Tá massa. Vai aparecer, vai aparecer”, diz o preso. O homem, ao perceber o interesse, propõe um outro negócio: “Um boy tem uma peças alí pra vender. E o boy quer trocar em fumo as peça”. “Homi,cadê?”, pergunta Nildinho, já de imediato. 


“Agora a peça é cara, é uma peça cara porque é uma peça irada. É uma 40 Glock”, responde a pessoa, se referindo ao calibre e à fabricante da arma, no caso uma pistola Glock calibre .40. “É cinco conto (R$ 5 mil). Agora é uma peça nova, viu?”, acrescentou. “E é? Tem como eu ver a foto não, pelo WhatsApp?”, quer saber Nildinho, mais uma vez demonstrando bastante interesse na arma. “Não. Eu vou ver alí, porque eu não tenho a foto ainda não. Mas ele disse que troca em quatro peças e meia de fumo”, respondeu o homem, já utilizando a palavra ‘peça’ como se estivesse se referindo a tabletes de maconha. Comumente, os traficantes embalam a droga em tabletes que pesam 1 quilo cada. Segundo a Polícia Civil, cada tablete é vendido, em média, a R$ 1 mil.

Fonte: G1 RN

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