No ano passado, mais da metade das transações bancárias no Brasil foi feita
na internet, principalmente com smartphones. É um movimento que cresce ano a
ano. Uma vitória da praticidade. Em São Paulo, o repórter Alberto Gaspar foi
visitar uma feira que apresenta o que é que os bancos estão preparando de
novidade em termos de tecnologia.
O futuro nas agências. Painéis interativos. Difícil resistir à mesa da
gerência, cheia de opções de empréstimos. O anel não é de ouro, mas com um chip
embutido tem seu valor. Não é de hoje que os bancos impulsionam novidades, como
mostra uma reportagem de 1983. Ela anunciava o caixa eletrônico, ainda em
teste; o futuro cartão de débito, para substituir o cheque. Mostrava o
atendimento à distância.
Mesmo tanto tempo depois, os cheques ainda não desapareceram, apesar de todo
o avanço dos cartões.
Depois veio a internet, com a sua febre do momento, o
smartphone. Quase metade das contas bancárias no Brasil já são operadas online
e um quarto delas na palma da mão. Mas e a próxima fronteira, qual será? Ao que
tudo indica, é a do uso do nosso próprio corpo, sem instrumento nenhum. Como
com o reconhecimento facial.
Se for reconhecido pela câmera, o rosto libera a catraca. E para substituir
o cartão naquelas maquininhas do comércio, sem risco de clonagem. "Essa
tecnologia, ela faz o reconhecimento baseado no padrão das veias da palma da
mão. A partir dos 13 anos de idade você já tem o seu padrão de veias formado, e
aí ele não se altera mais”, afirma Elizabeth Brandão, coordenadora de
biometria.
Um saque é programado previamente no smartphone. Dá até para escolher as
notas. Depois, é só encostar o aparelho no caixa eletrônico, sem tela, sem
teclas, autenticar com o dedo e pegar o dinheiro. Em um terço do tempo que se
gasta hoje.
“A tecnologia já está disponível. Coisa de seis meses a dois anos para
chegar no mercado”, diz um homem.
Em uma simulação do shopping do futuro, as lojas além de reconhecer seu
rosto vão saber seus gostos pelas redes sociais e oferecer promoções. E daqui a
mais 32 anos, hein? O que esperar?
“O que a gente está discutindo aqui são os próximos três, quatro, cinco
anos. Com a tecnologia não dá para imaginar 32 anos”, diz Gustavo Fosse,
diretor de Comunicação e Automação Bancária da Febraban.
jornal Nacional/ TV Globo
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