domingo, 14 de junho de 2015
Choro, título e saída polêmica. Sheik volta ao Fla para reescrever história
De volta ao Flamengo após seis anos, Emerson Sheik quer reescrever a história na Gávea. Enquanto a diretoria prepara o anúncio da contratação, o polêmico atacante vislumbra o sucesso da primeira passagem. O objetivo também é "limpar a barra" por conta da saída polêmica e das passagens por Botafogo e Fluminense.
Emerson surgiu para o futebol brasileiro no Rubro-negro. Na época, o atacante nem sequer era chamado de Sheik, apelido que ganhou ao se destacar no Rio de Janeiro. O jogador chegou ao clube desconhecido do grande público após pagar a rescisão do próprio bolso e se desvincular do Al Saad, do Qatar.
Antes de se apresentar ao Flamengo, Emerson treinou "escondido" por um mês no centro de treinamento Cheirinho do Gol, no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio. O atacante assinou contrato e chorou na apresentação ao recordar o processo por falsidade ideológica.
"As pessoas vão conhecer um pai de família e um jogador pronto para ajudar o clube", disse.
E os torcedores conheceram bem mais do que isso. Emerson mostrou-se um atacante de qualidade rara para o momento do futebol brasileiro. Foram 21 jogos, oito gols, a conquista do tricampeonato carioca e a participação em 14 partidas da campanha que assegurou ao Rubro-negro o hexacampeonato brasileiro.
Mas a primeira passagem terminou arranhada. O Al Ain, dos Emirados Árabes, investiu pesado na contratação. Emerson escolheu deixar a Gávea pouco mais de quatro meses depois da chegada. O atacante saiu pela porta dos fundos diante de uma diretoria insatisfeita.
Emerson já era conhecido como Sheik e somado ainda mais fortuna quando voltou ao Brasil para conquistar o Campeonato Brasileiro de 2010 pelo Fluminense. Depois, se transformou em ídolo do Corinthians ao aparecer como personagem central da campanha que garantiu o inédito título da Copa Libertadores de 2012.
O hoje veterano atacante ainda passou pelo Botafogo, retornou ao Alvinegro Paulista e desembarca na Gávea com o objetivo de reescrever a história que poderia se tornar única entre um possível ídolo e o clube que o acolheu. Ao menos, Emerson já tem confiança para isso.
"Considero Emerson um jogador vencedor, com personalidade forte e que agrega. Em nosso entendimento, o elenco ainda carece disso. Com essa mescla, nos tornaremos mais fortes. Ele é mais experiente e sabe o que é importante na vida profissional", pontuou o diretor executivo de futebol, Rodrigo Caetano.
UOL Esporte
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