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segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Postagem de vereadora causa polêmica nas redes sociais


A professora aposentada e vereadora Eleika Bezerra (PSDC) gerou polêmica nas redes sociais no início da tarde desta segunda-feira (27), pós-eleições. Eleika usou o Facebook para publicar uma montagem de um mapa brasileiro dividido o país em “Brasil” e “Nova Cuba”.  Ainda na imagem, há uma sugestão de implosão do estado de Minas Gerais e a construção de um lago.

O partido da vereadora teve candidato próprio à Presidência da República, que foi Eymael, que obteve 61.250, o que representou 0.006% dos votos no primeiro turno. Já no segundo, a legenda apoiou o candidato Aécio Neves (PSDB), que foi derrotado por Dilma Rousseff (PT), com destaque para os resultados negativos de Neves na região Norte, Nordeste, além do estado de Minas Gerais, onde o candidato já foi governador.

Com pouco mais de duas horas, a postagem já tinha quase 500 comentários, 199 curtidas e 344 compartilhamentos. A maioria se posicionou contra a postura da vereadora.
Por meio de nota à imprensa, a professora alegou que a postagem foi pessoal, e que a postagem não teve o intuito de "promover o preconceito entre regiões". O texto ainda ressaltou que "em relação ao resultado da eleição presidencial realizada neste domingo (26), não há dúvidas de que há uma clara divisão no Brasil".
Confira o texto na íntegra:
Sobre uma postagem feita na minha página PESSOAL no Facebook, venho esclarecer que não tive intuito de promover o preconceito entre regiões. Porém, em relação ao resultado da eleição presidencial realizada neste domingo (26), não há dúvidas de que há uma clara divisão no Brasil. Se observamos bem o mapa divulgado pela própria imprensa exibindo o resultado da votação em cada estado, pode-se perceber que a eleição realmente foi regionalizada. 
Presenciamos uma campanha que dividiu o país em etnias e classes sociais eivada de preconceitos e maniqueísmos, o que resulta no estímulo ao espírito separatista. Quem fez o discurso da separação, por exemplo, entre pobres e ricos?
Estive em Cuba há cerca de cinco anos e confirmei o avanço na educação e na saúde e a falta de liberdade, até de ir e vir. Reafirmo que o meu desejo é de que o Brasil possa se espelhar em Cuba no que diz respeito à saúde e à educação, mas nunca na ausência da liberdade de expressão. Por esse motivo, inclusive, acredito que tenho o direito de expressar o que penso. Sobre a educação, registre-se que o Nordeste tem mais da metade dos analfabetos desse país (53,6%).
Sou professora há mais de 50 anos e sempre tive uma postura pautada pela ética, transparência e defesa da minha liberdade de expressão. Vivo em um país em que o direito de expressar o que penso é assegurado pela Constituição Federal e posso, portanto, manifestar minhas ideias.
Numinuto

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