Por decisão dos juízes auxiliares da propaganda eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral, o programa do candidato a governador Henrique Eduardo Alves perderá pelo menos seis minutos nos últimos dias de veiculação.
Os juízes Cícero Macedo e Alceu Cicco decidiram na manhã de hoje, 22, conceder direito de resposta ao candidato Robinson Faria e a Lindolfo Vidal, que foi coordenador da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos à época em que o vice-governador exercia o cargo de secretário.
Ontem, três minutos foram retirados do programa eleitoral de Henrique Alves e concedidos como direito de reposta a Robinson Faria. Também hoje, o TRE reconsiderou sentença que havia concedido dois minutos de direito de resposta a Henrique Alves e ao ex-deputado Elias Fernandes. A Justiça Eleitoral entendeu que não houve ofensa nem foram veiculadas inverdades e, por isso, os dois minutos serão devolvidos ao programa do candidato do PSD e retirados do programa do candidato do PMDB.
Somados os tempos, o programa eleitoral de Henrique Alves perderá preciosos onze minutos, vitais se considerarmos que o horário da propaganda termina sexta-feira que vem, dois dias antes da votação em segundo turno.
As derrotas da campanha do candidato do PMDB no terreno da Justiça Eleitoral mostram um descompasso entre os setores de marketing e jurídico. Ou o marketing não consultou o jurídico ou resolveu partir para o ataque sem medir as consequências da estratégia. Ou o setor jurídico foi consultado e orientou mal, deixando o candidato em maus lençóis.
Qualquer que tenha sido a origem do erro, uma coisa é certa: a campanha do deputado presidente da Câmara, que pregava união, paz e amor no primeiro turno não resistiu às primeiras dificuldades do segundo turno. Mudou o discurso, passou ao ataque e deixou clara a intenção de apelar para tudo que for possível na tentativa de reverter o revés eleitoral que se aproxima.
Seja qual for o resultado eleitoral de domingo, uma coisa parece bem clara: a imagem do pregador de união, paz e união já se foi. No terreno de construção ou desconstrução de imagem, já se sabe quem perdeu.