O corte que o Governo do Estado fez nos salários dos professores grevistas chegou a 80% dos valores em muitos contracheques. Teve profissional que se decepcionou ao ver no extrato bancário descontos de R$ 1.000,00, R$ 1.200,00 e R$ 1.300,00, por exemplo.
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Rio Grande do Norte (SINTE-RN), através da sua assessoria jurídica, entrou com mandado de aegurança na Justiça contra o corte dos salários que atingiu mais de 700 servidores.
O coordenador-geral do Sinte em Mossoró, Rômulo Arnaud, foi um dos prejudicados com a medida do Governo. "Descontaram uns 80% do meu salário. Sindicalista sofreu ainda mais", lamenta.
O que mais intriga o sindicato e a categoria é que nem mesmo o Governo do Estado chegou a pedir a ilegalidade da greve na Justiça. Portanto, segundo eles, o corte é totalmente ilegal, ainda mais porque o salário é verba alimentícia, e, por conta disso, não pode ser descontado, a não ser que a greve tenha sido julgada ilegal.
Além disso, o corte "mostra a falta de critério e a desorganização desse governo que está perdido", acrescenta Arnaud. Servidores que estão em greve receberam normalmente, sem nenhum desconto, enquanto outros que nem aderiram à greve tiveram prejuízos nos seus salários.
"Nós esperamos que esse problema seja corrigido o mais rápido possível porque tem muito pai e mãe de família passando necessidade após esse desconto. Teve gente que recebeu apenas trezentos e poucos reais", informa o coordenador-geral do Sinte.
CONTINUIDADE?
Os professores decidem hoje pela manhã em Natal e à tarde em Mossoró se continuam ou não em greve por tempo indeterminado. Na capital, a categoria se reúne às 8h30, na Escola Estadual Winston Churchill. Já em Mossoró, a assembleia será às 15h, no Serviço Social da Indústria (SESI).
Fonte: Gazeta do Oeste
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