A quadra chuvosa está chegando à metade neste fim de março, mas a disponibilidade de recursos hídricos para o consumo humano e restabelecimento da economia agrícola do Estado continua preocupante.
De acordo com a “Análise das Chuvas Acumuladas” no primeiro trimestre de 2014, da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), o comportamento da estação invernosa é de “muito seco” em 150 e “seco” em dois dos 167 municípios do Rio Grande do Norte. Outros 15 municípios estão sem informação, segundo a Emparn.
No entanto, o chefe do Setor de Meteorologia da Emparn, Gilmar Bristot, diz que é importante se fazer uma avaliação do comportamento das chuvas mês a mês, porque o volume de chuvas que caiu, realmente, está abaixo da média que anualmente chove na região semiárida.
Quando se analisa o volume de chuvas acumulado nos três primeiros meses do ano, os dados da Emparn mostram que também não há muita alteração do quadro chuvoso. Em janeiro, por exemplo, havia chovido normalmente em 44 municípios potiguares, número que subiu para 77 em fevereiro e caiu para 60 em março.
Em janeiro, o número de municípios considerados em nível “seco” ou “muito seco” era de 92, número que caiu para 77 em fevereiro e para 60 em março. “A gente não pode seguir à risca essa análise geral, que é feita em cima de uma análise anual histórica”, reforçou o meteorologista Gilmar Bristot, porque esse comportamento pode mudar caso se configure o período chuvoso até o fim de maio. “A análise tem de ser feita mês a mês”, continuou ele.
Mas, em função do comportamento da estação chuvosa até agora, segundo Bristot, foi que a Emparn recomendou à governadora Rosalba Ciarlini (DEM) que se reeditasse o decreto de reconhecimento da situação de emergência que contempla, hoje, 159 municípios potiguares.
Gilmar Bristot explica que o volume de chuvas que caiu entre janeiro e março ainda não foi suficiente para resolver a situação dos municípios que enfrentam escassez de recursos hídricos.
Segundo Bristot, para tirar os municípios da situação de emergência e evitar que o governo usasse desse expediente de decretos, “é necessário que as chuvas sejam suficientes para a produção agrícola e os reservatórios tenham acumulado água para evitar o colapso do sistema de abastecimento de água pra consumo humano”.
*Fonte: Tribuna do Norte
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