O FBI está investigando o depósito feito a um ex-cartola da Fifa por uma empresa do Catar dias depois de o país árabe ter sido escolhido, em dezembro de 2010, para sediar a Copa do Mundo de 2022. O caribenho Jack Warner, ex-presidente da entidade máxima do futebol, teria recebido 2 milhões de dólares de uma companhia ligada à candidatura do Catar. Sua família, que vive em Miami, também teria recebido parte do dinheiro e hoje estaria cooperando com as investigações.
A suspeita é de que os depósitos sejam uma retribuição pelo voto de Warner no Catar e por seu esforço em influenciar outros membros do Comitê Executivo da Fifa a apoiar o projeto. O dinheiro encontrado em sua conta vem de empresas de propriedade de Mohamed Bin Hammam, ex-representante do Catar na Fifa que chegou a se candidatar para presidir a entidade com o apoio de Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF.
De acordo com o jornal inglês The Telegraph, foi o trajeto do dinheiro enviado a Warner que chamou a atenção dos investigadores americanos: as remessas para contas do ex-cartola foram transferidas via Nova York, depois que um banco nas Ilhas Cayman recusou o depósito. No dia 15 de dezembro de 2010, as empresas de Bin Hammam teriam enviado 1,2 milhão de dólares para contas de Warner. Um pagamento de mais US$ 1 milhão também teria sido encaminhado para o filho do caribenho e empregados de suas empresas.
Suspeitas - Sem nenhum expressão no futebol mundial, o Catar foi escolhido para sediar a Copa de 2022 em meio a muitas críticas e suspeitas de compra de votos e troca de favores. Na época, acusações apontaram que membros do Comitê Executivo da Fifa teriam aceito "presentes" das autoridades do Catar para apoiar o país. Mas nada foi provado. Um ano depois da escolha, Warner e Hammam foram obrigados a deixar a Fifa por terem subornado outros cartolas com a intenção de eleger o catariano para a presidência da entidade em 2011.
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