Emissora pode perder concessão
A
cada minuto que se passa a situação da RedeTV! se complica ainda mais,
o Sindicato dos Radialistas de São Paulo enviou um pedido formal à
Presidência da República, pedindo a cassação da emissora de Amilcare
Dallevo e Marcelo de Carvalho.
De
acordo com o site Brasil 247, neste momento, o assunto está sendo
encaminhado da Presidência da República ao Ministério das Comunicações,
onde será examinado. Foi recebido e dirigido ao órgão chefiado pelo
ministro Paulo Bernardo “em razão da natureza do assunto”.
Desde
do ano passado o canal promove uma série de demissões, e não paga os
direitos dos ex-funcionários, o salário dos que permaneceram vive
atrasando e há grande queda nos índices de audiência e receita
publicitária.
A crise foi agravada
pela saída do humorístico “Pânico na TV!” – que foi para bandeirantes –
fazendo com que perdesse a maior fonte de recursos junto ao mercado de
anunciantes.
No documento, quatro pontos foram ressaltados pelo sindicato para justificar o pedido:
1-
Embora proceda ao desconto do INSS mensalmente dos salários dos
empregados, o que inclusive constitui crime de apropriação indébita, não
repassa tais valores aos cofres da Previdência Social. Por obvio a
empresa também não recolhe sua cota parte das contribuições
previdenciárias a Previdência Social.
3- Os trabalhadores demitidos não recebem suas verbas rescisórias, não tem FGTS a multa de 40% depositados e sequer têm disponibilizadas as guias para requerimento do Seguro-Desemprego.
4- Embora proceda aos descontos da Contribuição Sindical dos salários dos trabalhadores, não as repassa a Entidade Sindical, a Federação, a Central Sindical e ao Ministério do Trabalho, sendo que simplesmente se apropria de tais valores”.
tvfoco
Sobre o assunto, a Rede TV encaminhou nota. “A RedeTV! está absolutamente em dia com suas obrigações trabalhistas. O que ocorre é que a emissora já venceu uma batalha de dez anos em que foi julgada, em última instância, não sucessora das dívidas da TV Manchete”.
O ministro Paulo Bernardo agora tem que tomar a decisão de tirar ou não a concessão.
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