A secretária nacional de Juventude da
Secretaria-Geral da Presidência, Severine Macedo, publicou artigo sobre a
aprovação do Estatuto da Juventude, sancionado este mês. Em suas
palavras, Severine afirmou que a aprovação do estatuto é um avanço para o
reconhecimento dos direitos da juventude brasileira, que hoje
ultrapassa a marca dos 51 milhões de pessoas no país (dados do IBGE
-2010). Veja abaixo, íntegra do artigo publicado na página da Secretaria
Nacional da Juventude:
“A aprovação do Estatuto da
Juventude significa o reconhecimento dos jovens por parte do Estado como
estratégia para o desenvolvimento do Brasil.”
Significa tornar as políticas para o
setor uma obrigação do Estado, independente da vontade de governos.
Significa combater a construção social e histórica de estigmas que
recaem sobre a juventude, visibilizando-a como sujeito de direitos.
O Estatuto da Juventude é um imenso
legado. Além dos benefícios diretos –como a meia-passagem e a
meia-entrada, que agora contemplam jovens de baixa renda, além dos
estudantes– é preciso observá-lo de maneira ampla para compreender todo
seu valor como marco legal e histórico.
Entre os direitos agora assegurados está
o da participação política, com a definição de órgãos e conselhos
juvenis como canais de promoção da política de juventude em todos os
entes da Federação.
O estatuto é a declaração do Estado de
que o jovem brasileiro necessita de atendimento de acordo com sua
especificidade. O documento inova ao exigir a oferta de condições
especiais de jornada de trabalho por meio de “compatibilização entre os
horários de trabalho e de estudo” e a educação em todos os níveis para
os jovens do campo, um dos grupos juvenis mais invisibilizados da
política pública, entre outros avanços legais.
O que faz o estatuto é também integrar e
organizar, em todo o território nacional, o conjunto das políticas
públicas voltadas para atender as demandas juvenis.
Todas elas serão norteadas por
princípios comuns, como o da autonomia e emancipação dos jovens, e serão
assumidas como compromisso pela União, os Estados e os municípios por
meio do Sistema Nacional de Juventude.
Erguer cada avanço legal do Estatuto da
Juventude na vida concreta dos brasileiros é o próximo e desafiante
passo que o nosso sistema político nos coloca e para o qual a Secretaria
Nacional de Juventude e o governo da presidenta Dilma estarão
empenhados. Essa tarefa, entretanto, não é exclusiva do governo federal.
É uma responsabilidade a ser compartilhada entre todos os níveis de
poder da República.
Para que ganhe concretude, o direito à
mobilidade, por exemplo, tão reivindicado nas recentes mobilizações em
todo o país, necessita fundamentalmente de políticas públicas desenhadas
nas esferas estaduais e municipais. Desenho que, segundo o estatuto,
deverá ser feito com participação jovem.
Para os jovens, este momento da história
representa uma oportunidade única. A conquista dessa carta de direitos
chegou com a juventude mobilizada, dotada de novas ferramentas de
comunicação e empolgando as ruas, ao mesmo tempo em que representa 51
milhões de pessoas (de acordo com o censo demográfico 2010 do IBGE) –o
maior contingente jovem da história do país.
Assim como a mobilização dessa juventude
acelerou a conquista de seu estatuto, que há quase dez anos tramitava
no Congresso Nacional, ela poderá também contribuir –e muito– para
acelerar a efetivação de seus direitos.
a12.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário