O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou hoje (22)
mudanças na linha de crédito rural com recursos dos fundos
constitucionais do Norte e Nordeste, melhorando as condições para
quitação de débitos e novos financiamentos. A medida é parte da política
iniciada pelo governo no ano passado de mitigação dos problemas dos
agricultores prejudicados pelos efeitos da seca.
Entre as alterações aprovadas está a elevação de R$ 100 mil para R$
200 mil do valor das operações de crédito habilitadas à liquidação com
os benefícios da linha especial. O CMN também reduziu de até 4,12% para
3,5% ao ano o valor dos juros nos financiamentos e aumentou de um para
três anos o prazo de carência para início do pagamento. Além disso,
eliminou o teto de R$ 200 mil para tomada de novos empréstimos. Agora,
não há mais limite financeiro para a contratação.
O restante das condições, como juros de 0,5% ao ano para produtores
rurais carentes, está mantido. Os benefícios valem para linhas de
crédito rural até R$ 200 mil contratadas até dezembro de 2006, em
situação de inadimplência em junho do mesmo ano. O prazo para liquidação
dos débitos é 31 de dezembro do próximo ano. O Conselho Monetário
Nacional fez as mudanças para atender à Lei n° 12.844, de julho deste
ano, que alterou o auxílio a produtores rurais previsto por legislação
editada em 2012.
O colegiado votou mais duas matérias agrícolas. Um dos votos
determinou que os armazéns de estocagem de etanol e combustíveis não
podem receber ajuda do Programa para Construção e Ampliação de Armazéns
(PCA), que tem recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES). Segundo Francisco Erismar, coordenador-geral de Crédito
Rural do Ministério da Fazendo, o objetivo é impedir o desvirtuamento
do programa, destinado a resolver o problema da deficiência na
armazenagem de grãos.
Foi votado ainda o preço mínimo de produtos que aguardavam definição
para a próxima safra. De acordo com o Ministério da Fazenda, somente o
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento está apto a detalhar
o voto. Até o momento, a resolução relativa ao assunto não foi
publicada na página na internet do Banco Central, que divulga as
decisões do CMN. O Ministério da Agricultura também não publicou
informações a respeito em seu site.
Agência Brasil
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