Preso preventivamente em Pau dos Ferros por ter matado com um tiro na
cabeça a aposentada Francisca Alves da Silva Oliveira, de 69 anos, no início de
2019, perto de Patu, o médico Wilson Edino Freitas Jales pediu a Justiça para
ser transferido para o Centro de Detenção Provisória de Apodi e que fosse
instaurado um processo para constatar que ele portador de transtornos mentais.
O juiz negou a transferência e a instauração de processo para constatar
que Wilson Jales tem transtornos mentais.
A decisão foi assinada no dia 4 deste mês de outubro de 2019 pelo juiz
Renan Brandão de Mendonça, de Umarizal, com o parecer positivo do promotor de
Justiça Carlos Henrique Harper Cox, com atuação na referida Comarca.
O assassinato de Dona Chica, como era mais conhecida a aposentada
Francisca Alves, foi com tremenda covardia. Na ocasião, Wilson Jales também
tentou matar o marido dela, o agricultor Raimundo Nonato de Oliveira, que
sobreviveu porque conseguiu correr na direção do mato.
Quando cometeu este crime o médico estava acompanhado com outras três
pessoas:
ISRAEL FRANCO DE OLIVEIRA Réu preso
JULIO RICARDO NETO Réu preso
LEONARDO RODRIGUES DO NASCIMENTO Réu preso
Os advogados de Júlio Ricardo Neto e Leonardo Rodrigues do Nascimento,
pediram que o juiz Renan Brandão revogasse a prisão preventiva dos dois,
alegando que não participaram diretamente do assassinato de Dona Chica e da
tentativa contra Seu Raimundo. O juiz atendeu o pedido da defesa e revogou a
prisão preventiva dos dois.
Além de matar Dona Chica e tentar contra a vida de Seu Raimundo, o
médico Wilson Jales é acusado também de matar a ex-mulher, Rita de Cássia,
depois um motorista de ambulância e um agricultor em Patu, e também um
pistoleiro em Areia Branca.
Dos crimes que teriam sido contratados e não consumados, o médico teria
contratado pistoleiros também para matar o delegado Sandro Régis, de Patu, e
alguns policiais militares.
Preso em flagrante por ter matado Dona Chica e tentado contra a vida de
Seu Raimundo, Wilson Jales pediu a justiça para ser transferido do Centro de Detenção
Provisória de Pau dos Ferros, para o Centro de Detenção Provisória de Apodi,
que é mais confortável, alegando que é graduado em medicina. Porém, não
apresentou o diploma. O juiz negou.
Wilson Jales pediu, através de seus advogados, que o juiz Renan Brandão
instaurasse um processo para investigar se ele tem ou não transtornos mentais.
Como justificativa, apresentou um documento datado de 2009 e uma consulta
médica recente. O juiz negou.
Concluída a instrução processual, Wilson Jales deve ser pronunciado para
julgamento popular na Comarca de Umarizal.
Existe a possibilidade real também de o processo ser levado para outra
Comarca, considerando que o réu é temido na região (pelos crimes que é acusado)
e também por ser de família muito influente economicamente e do ponto de vista
político.
Mossoró Hoje
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