O ex-chefe do Ibama em Mossoró,
Armênio Medeiros da Costa, foi condenado por corrupção passiva. A informação
foi divulgada pelo Ministério Público federal, autor da ação contra o
funcionário público, nesta segunda-feira (21). Cabe recurso.
Armênio Medeiros foi preso em
fevereiro de 2018, na Operação Corrupião, que investigava pagamento de propinas
em troca da não aplicação de multas por crimes ambientais. O ex-gestor chegou a
ser filmado pela polícia federal recebendo propina.
Ele foi denunciado por receber
suborno de empresários e até mesmo de um pescador. Os crimes teriam acontecido
entre 2017 e 2018. Armênio Medeiros foi sentenciado a oito anos de reclusão e
pagamento de multa, além da perda do cargo público, mas ainda poderá recorrer
em liberdade.
Na visão do MPF, a conduta dele
não só gerou prejuízos ao meio ambiente como também ao órgão, que deixou de
arrecadar. A investigação teve início após declarações dada pelo
ex-superintendente do Ibama no RN, Clécio Antônio Ferreira dos Santos.
Ao ser afastado do cargo em
setembro de 2017, pela Operação Kodama, ele falou sobre o esquema de propina
existente em Mossoró. A Kodama investigou um possível esquema de
irregularidades envolvendo o Ibama, três empresas de processamento de pescados
e um hotel.
O caso citado nessa operação
envolveria um pescador que pagaria R$ 2 mil para não ser multado em R$ 20 mil.
A quantia foi repassada em quatro parcelas de R$ 500. A denúncia foi
confirmada pelo pescador.
Além disso, as conversas entre a
vítima e Armênio Medeiros, foram gravadas e a entrega do dinheiro filmada, tudo
autorizado pela Justiça. Em pelo menos outras duas oportunidades a PF registrou
provas do tipo contra o ex-chefe.
OP9/RN
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