
“Tem que ser
dividido esse esclarecimento [à sociedade]. Se fala muito em esclarecer,
mostrar lá fora para os países importadores de carne de que temos uma
defesa sanitária muito boa e temos mesmo. Agora, temos que mostrar para a
nossa população que nós produtores somos as grandes vítimas disso
tudo”, disse Martins.
Para o
presidente da CNA, no primeiro momento, os produtores vão “pagar o pato”
do impacto negativo dos problemas descobertos pela Operação Carne
Fraca. “Com certeza, [vamos pagar o pato] no primeiro momento com a
especulação. Alguns frigoríficos podem usar de má fé e dizer que a
cotação do boi caiu por causa do mercado exportador ter recuado, mas não
existe nenhum mercado externo que tenha recuado até o momento”, disse.
Segundo
Martins, na reunião no Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer
apresentou aos representantes dos produtores as medidas emergenciais que
estão sendo tomadas após a descoberta de que grandes empresas do setor
alimentício estavam, com a conivência de fiscais agropecuários federais,
estavam comercializando carne estragada ou com a adição de produtos
impróprios.
“O presidente
mostrou a nós as medidas que já foram tomadas, de punir os 33 ficais que
foram pegos nessa situação, fechar as três unidades e pedir que exista
mais rigor”, disse o presidente da CNA. “Os produtores, a sociedade
brasileira precisam ter a certeza de que estão consumindo carne com
inspeção perfeita, da melhor qualidade possível, não só dizer que somos
um grande exportador de carne e frango, temos que comer aqui a mesma
qualidade que é exportada”.
Preocupado com o
impacto negativo da Operação Carne Fraca, o presidente Michel Temer
marcou hoje (19) uma série de reuniões com ministros, representantes do
setor agropecuário e diplomatas de países importadores de carne
brasileira.
Neste momento,
Temer está em reunião com representantes dos países importadores de
carne brasileira para apresentar as medidas que estão sendo tomadas após
a Operação Carne Franca.
Fonte: Agência Brasil