Uma das 32 empresas investigadas na
Operação Carne Fraca, desencadeada pela Polícia Federal na última
sexta-feira 17, a JBS S/A – responsável pelas marcas Seara e Big Franco,
gigantes do setor alimentício – fez doações oficiais para as campanhas
de políticos potiguares nas eleições de 2014.
De acordo com os dados oficiais das prestações de contas divulgados
pela Justiça Eleitoral, candidatos de todos os cargos em disputa – de
deputado estadual a governador – receberam recursos da empresa, acusada
de pagar propinas a fiscais agropecuários do Ministério da Agricultura
para que pudessem vender produtos adulterados com produtos químicos e
carnes vencidas.
Entre os parlamentares potiguares, a maior beneficiada com os recursos da JBS foi a senadora Fátima Bezerra (PT). Candidata em 2014, a petista recebeu doações da ordem de R$ 1,165 milhão. Os repasses aconteceram por meio de três depósitos: R$ 500 mil provindos do Diretório Estadual do partido e outros dois créditos de R$ 475 mil e R$ 190 mil, oriundos do Diretório Nacional do PT.
Entre os parlamentares potiguares, a maior beneficiada com os recursos da JBS foi a senadora Fátima Bezerra (PT). Candidata em 2014, a petista recebeu doações da ordem de R$ 1,165 milhão. Os repasses aconteceram por meio de três depósitos: R$ 500 mil provindos do Diretório Estadual do partido e outros dois créditos de R$ 475 mil e R$ 190 mil, oriundos do Diretório Nacional do PT.
Além dos recursos da JBS, Fátima recebeu doações de outros três
frigoríficos: R$ 80 mil da Marfrig Frigoríficos Com Alimentos SA, R$ 50
mil da MFB Marfrig Frigoríficos Brasil SA e dois depósitos de R$ 70 mil
cada da Pampeano Alimentos SA. Essas últimas empresas não são alvos da
Carne Fraca, entretanto.
A principal adversária de Fátima na campanha para o Senado em 2014,
Wilma de Faria (PTdoB, então no PSB), não recebeu recursos de nenhuma
das empresas investigadas na Carne Fraca.
GOVERNO
Os dois principais candidatos a governador também receberam doações oficiais da JBS S/A na campanha de 2014. Tanto Robinson Faria (PSD), que venceu a eleição, quanto Henrique Alves (PMDB) tiveram suas campanhas abastecidas com dinheiro da empresa.
Os dois principais candidatos a governador também receberam doações oficiais da JBS S/A na campanha de 2014. Tanto Robinson Faria (PSD), que venceu a eleição, quanto Henrique Alves (PMDB) tiveram suas campanhas abastecidas com dinheiro da empresa.
Robinson, que ganhou o pleito no segundo turno, recebeu R$ 6,5
milhões da JBS. Os recursos foram oriundos de diversas fontes: R$ 1
milhão veio do Diretório Nacional do PSD, R$ 4,4 milhões vieram do
Diretório Estadual do partido (divididos em quatro doações) e houve
outro depósito efetuado diretamente na conta de campanha do então
candidato a governador no valor de R$ 1,1 milhão.
A JBS também doou para o candidato adversário, Henrique. O
peemedebista recebeu menos recursos que o vitorioso, porém. Foram três
depósitos oriundos do Diretório Estadual do PMDB, nos respectivos
valores de R$ 2 milhões, R$ 500 mil e R$ 250 mil. Os três totalizaram
uma doação de R$ 2,75 milhões do frigorífico.
DEPUTADOS FEDERAIS
Entre os deputados federais que concorreram em 2014, metade foi beneficiada com recursos da JBS. Segundo dados oficias da Justiça Eleitoral, quem mais recebeu dinheiro da JBS foi Fábio Faria (PSD). No caso dele, a verba totalizou R$ 1,1 milhão – doada por meio de três depósitos: um no valor de R$ 500 mil e dois de R$ 300 mil. Todos os recursos são oriundos de contribuições via Diretório Estadual da legenda.
Entre os deputados federais que concorreram em 2014, metade foi beneficiada com recursos da JBS. Segundo dados oficias da Justiça Eleitoral, quem mais recebeu dinheiro da JBS foi Fábio Faria (PSD). No caso dele, a verba totalizou R$ 1,1 milhão – doada por meio de três depósitos: um no valor de R$ 500 mil e dois de R$ 300 mil. Todos os recursos são oriundos de contribuições via Diretório Estadual da legenda.
Em segundo lugar entre os que mais arrecadaram dinheiro oficial da
JBS, está Beto Rosado (PP). Ele recebeu R$ 400 mil via Diretório
Nacional da legenda, por meio de três depósitos: um no valor de R$ 200
mil e dois no valor de R$ 100 mil.
Além deles, Felipe Maia (DEM) recebeu R$ 85 mil da JBS, sendo
depósitos de R$ 80 mil do Diretório Nacional e R$ 5 mil do Diretório
Estadual, e Antônio Jácome (PTN) obteve a contribuição de R$ 70 mil, em
depósito único oriundo do Diretório Estadual.
Os deputados Rafael Motta (PSB), Rogério Marinho (PSDB), Walter Alves
(PMDB) e Zenaide Maia (PR) não receberam doações oficiais de nenhuma
das empresas investigadas na Operação Carne Fraca em suas campanhas de
2014.
DEPUTADOS ESTADUAIS
As campanhas para deputado estadual de 6 dos 24 parlamentares da Assembleia Legislativa também foram abastecidas com recursos da JBS. Confira abaixo a relação de todos os beneficiados, obedecendo a ordem de maiores doações. Nestes casos, todas as doações ocorreram via Diretório Estadual dos respectivos partidos.
Larissa Rosado (PSB): R$ 200 mil
José Adécio (DEM): 130 mil (depósitos de R$ 100 mil e R$ 30 mil)
Kelps Lima (SD): R$ 100 mil
Nélter Queiroz (PMDB): R$ 100 mil
Souza Neto (PHS): R$ 50 mil
Jacó Jácome (PSD): R$ 30 mil
As campanhas para deputado estadual de 6 dos 24 parlamentares da Assembleia Legislativa também foram abastecidas com recursos da JBS. Confira abaixo a relação de todos os beneficiados, obedecendo a ordem de maiores doações. Nestes casos, todas as doações ocorreram via Diretório Estadual dos respectivos partidos.
Larissa Rosado (PSB): R$ 200 mil
José Adécio (DEM): 130 mil (depósitos de R$ 100 mil e R$ 30 mil)
Kelps Lima (SD): R$ 100 mil
Nélter Queiroz (PMDB): R$ 100 mil
Souza Neto (PHS): R$ 50 mil
Jacó Jácome (PSD): R$ 30 mil
Os dados completos com todas as doações, incluindo formas de
pagamento e data do envio dos recursos, estão disponíveis no site do
Tribunal Superior Eleitoral.
Do Agora RN